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    “Nenhuma doença hoje no Brasil vitima tantas crianças como a Covid”, diz especialista

    Em entrevista à CNN, infectologista Marco Aurélio Sáfadi afirma que é "muito difícil compreender a necessidade de uma audiência pública" para que governo federal decida sobre vacinação em faixa etária de 5 a 11 anos

    Léo LopesDuda Cambraiada CNN em São Paulo

    O Ministério da Saúde insiste na ideia de realizar uma audiência pública para discutir a vacinação contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Porém, o grupo de especialistas que aconselha a pasta já se manifestou sobre essa questão.

    Na última sexta-feira (17), a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19) se reuniu para tratar o tema e manifestou-se, com base em fundamentos técnicos, “unanimemente favorável” à incorporação dessa faixa etária na campanha nacional de vacinação.

    Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. / Reprodução/CNNBrasil/19.dez.2021

    O posicionamento acompanha o parecer favorável já dado pela Anvisa, no último dia 16.

    Em entrevista à CNN, o presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Marco Aurélio Sáfadi, pontuou que “há dados inquestionáveis que mostram que a doença hospitaliza e vitima um grupo significativo de crianças deste grupo etário”.

    “Nenhuma doença hoje no Brasil acomete tantas crianças de forma grave como a Covid-19. Nenhuma outra doença passível de prevenção por vacinas vitimou tantas crianças brasileiras”, destacou para reforçar que a vacinação em crianças é algo prioritário.

    O infectologista e pediatra destacou que “é muito difícil compreender a necessidade de se aguardar uma audiência pública” enquanto já há posicionamento técnico da Anvisa e da CTAI Covid-19 a favor da aplicação do imunizante.

    Sáfadi argumentou que a campanha de vacinação em adolescentes avançou rapidamente assim que o imunizante foi disponibilizado. “Não há nenhuma dúvida que a população brasileira quer a vacina para os seus filhos”, afirmou.