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    Passaporte vacinal é um dos filtros mais importantes para proteção, diz Pasternak

    Em entrevista à CNN, a microbiologista comenta o que já sabemos sobre as vacinas, contágio e gravidade da nova cepa

    Ingrid Oliveirada CNN

    O Brasil registra 12 casos da variante Ômicron do coronavírus. Além de São Paulo com cinco casos, o Distrito Federal e Goiás confirmaram dois casos cada e o Rio Grande do Sul confirmou a terceira infecção nesta segunda-feira (13).

    O primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, confirmou a morte de um paciente na região após contrair a variante Ômicron do coronavírus.

    Natalia Pasternak, microbiologista, disse à CNN que, com esse cenário, algumas das perguntas sobre a variante B1.1.529 já foram respondidas.

    “A primeira [pergunta] é se ela era realmente mais transmissível do que a Delta e, ao que parece, sim, ela é capaz de ganhar uma competição.”

    Apesar disso, ela aponta que ainda não é possível saber se a variante é capaz de causar doença mais grave. “Tudo indica quenão parece causar doença mais grave ou menos grave.”

    Ainda assim, a microbiologista explica que “a gente vai precisar de uma terceira dose porque existe uma perda na capacidade de neutralização de anticorpos gerar por infecção prévia ou por vacinas.”

    A especialista pontua que não significa que nós voltamos à estaca zero de combate ao vírus.

    Ela explica que a desigualdade vacinal nestas campanhas será um problema. “A mesma desigualdade que tem no mundo, a gente tem aqui. Alguns estados não conseguiram vacinar igual ao estado de São Paulo, por exemplo.”

    Ela questiona como a Ômicron vai se comportar em uma população não vacinada. “Há o risco de você ter uma cepa que tem escape vacinal voltar a circular em uma população que não está totalmente protegida.”

    Para a especialista, os ‘filtros’ disponíveis são os recursos que os países podem adotar para diminuir a transmissão.

    Pasternak comenta a decisão da Anvisa de exigir o passaporte da vacina para pessoas que vieram ao país.

    “A gente tem diversos filtros que a gente pode institucionalizar para diminuir o contágio e manter a população mais protegida, e a vacina é um deles. E o passaporte de vacina é o mais importante desses filtros.”