Não vacinados precisarão de quarentena para entrar no Brasil, diz Queiroga
Anvisa havia solicitado, além da quarentena, a adoção de passaporte da vacina e a restrição de voos de quatro países que registraram a variante Ômicron
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, nesta terça-feira (7), que viajantes que não estão vacinados contra a Covid-19 precisarão cumprir quarentena de cinco dias para entrar no Brasil.
Após o término do período, será necessário um teste de RT-PCR para a detecção da doença. Caso seja negativo, será permitida a continuidade da viagem. A determinação que foi estabelecida com o avanço da variante Ômicron do coronavírus, ainda será publicada em uma portaria do governo federal.
A medida acontece após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reiterar, em um comunicado, em 1º de dezembro, que solicitava há mais de um ano ao Comitê Interministerial a adoção de quarentena ou auto quarentena para a entrada de viajantes no país.
Segundo a agência, o cumprimento das medidas ajudam na “contenção da disseminação da doença pela interrupção da cadeia de transmissão de variantes do vírus, já que visa evitar o contato do viajante com outras pessoas suscetíveis.”
Entretanto, a Anvisa também havia pedido a adoção do certificado de vacinação completa para ingresso no país, citando que ele é “ainda mais necessário diante da identificação da variante Ômicron em território nacional e do consequente esforço para a sua contenção”. A medida não foi acolhida pelo governo.
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Além disso, o órgão solicitou a restrição de voos de mais quatro países africanos: Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia. O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, havia anunciado, em 26 de novembro, a suspensão de voos para seis países do continente africano para o Brasil: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
Segundo Queiroga, os países que identificaram a variante “não podem ser punidos com restrição aos seus cidadãos”. O ministro da Saúde ainda declarou “que não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas para impor restrições”.