Não queremos punir ninguém, diz Queiroga sobre erro em vacinação de crianças na PB
Grupo recebeu dose de imunizante contra Covid-19 da Pfizer feito para adultos e com data de validade vencida; MPF investiga o caso paraibano
Um grupo de quase 50 crianças foi vacinado na Paraíba com doses do imunizante da Pfizer contra a Covid-19 feito para adultos, que estava fora do prazo de validade.
O episódio aconteceu entre dezembro e janeiro no município de Lucena, na Região Metropolitana de João Pessoa, e está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF).
Em entrevista à CNN nesta segunda (17), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que “temos que cuidar para que não haja esse tipo de erro novamente”.
“Já foi instaurado um processo administrativo para apurar as responsabilidades. O MPF acompanha o caso. Nós não queremos buscar punição de ninguém, mas precisa ser averiguado para que fatos como esse não voltem a acontecer”, declarou o ministro.
À analista da CNN, Basília Rodrigues, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Medeiro, informou, neste sábado (15), que crianças entre 4 e 9 anos receberam a vacina para adultos. Elas apresentaram eventos adversos leves como febre e dor no local da aplicação. Mas passam bem, de acordo com o secretário.
O ministro Queiroga afirmou que foi até a cidade de Lucena para conversar com o prefeito, as autoridades sanitárias e os familiares das crianças vacinadas.
De acordo com Queiroga, 48 crianças foram vacinadas neste “erro vacinal”. “Essas doses foram aplicadas antes da distribuição das vacinas específicas”, explicou o ministro.
Queiroga destacou que a vacinação infantil aprovada recentemente pelo Ministério da Saúde deve ocorrer com uma série de protocolos de segurança para evitar erros.
Ele pontua que a imunização das crianças deve acontecer com vacinadores e salas exclusivos para essa faixa etária, e que a tampa da ampola com a vacina tem cor diferente da usada em adultos.
“As crianças devem ser acompanhadas de perto para detectar possíveis efeitos adversos da vacina”, disse.
“É necessário que os municípios e as salas de vacinação recebam todas as orientações, e isso incumbe à Secretaria Estadual de Saúde junto aos municípios”, completou Queiroga.
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