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    Não há proibição do uso da Coronavac como 3ª dose, diz secretário de saúde de SP

    Cidade de São Paulo prevê inicio da aplicação da terceira dose na segunda-feira (6) com vacinas que estiverem disponíveis, disse Edson Aparecido

    Henrique AndradeCamila Neumamda CNN São Paulo

    O secretário municipal de saúde de São Paulo, Edson Aparecido, falou nesta sexta-feira (3), que não há proibição do uso da Coronavac como terceira dose contra Covid-19 nas diretrizes do Programa Nacional de Imunizações, o que ratifica a escolha do município pelo imunizante.

    A vacinação de idosos acima de 90 anos com o imunizante da Sinovac, produzido pelo Instituto Butantan, está prevista para começar a partir da próxima segunda-feira (6) na capital paulista.

    A escolha pela Coronavac contraria o Ministério da Saúde que recomendou o uso das vacinas da Pfizer, AstraZeneca ou da Janssen como terceira dose. Nesta sexta-feira (3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a afirmar que o PNI não usará a Coronavac nesta nova etapa da vacinação por falta de registro definitivo do imunizante.

    “A Nota Técnica nº 27/2021 do MS estabelece na sua página 4, item 4.7, que preferencialmente a dose de reforço poderá ser aplicada com imunizante de mRNA, da Pfizer, ou de vetor viral, Janssen e AstraZeneca. Não proíbe a utilização da CoronaVac como dose de reforço”, afirmou Aparecido.

    Segundo Aparecido, os técnicos da secretaria municipal de saúde e do estado de São Paulo definiram que as pessoas elegíveis para a terceira dose receberão imunizantes que estiverem disponíveis nos postos de vacinação.

    “Temos Coronavac, Pfizer e AstraZeneca, que estão sendo muito mais usadas para a segunda dose. A partir de 15 de setembro, como estabeleceu o Ministério da Saúde, quando deveremos receber o imunizante da Pfizer, toda a concentração será praticamente para dose de reforço. Então, a gente deve aplicar preferencialmente a Pfizer com a dose de reforço. Mas, neste momento, a gente inicia junto com todo o estado a vacinação de dose de reforço com os imunizantes que estiverem disponíveis”, afirmou.

    Queiroga cobra registro definitivo da Coronavac

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou em entrevista à CNN que a pasta não recomendará o uso da Coronavac para a terceira dose enquanto não houver o registro definitivo concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Anvisa, até o momento, concedeu o registro definitivo apenas para as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer.

    Apesar de também não ter o registro definitivo, a vacina de dose única da Janssen também está sendo cogitada para essa nova aplicação.

    “É necessário que haja a aprovação dos imunizantes para aplicação nestes grupos específicos, não podemos colocar qualquer imunizante. Só tem um deles com aprovação [definitiva] da Anvisa. E, se não tiver a aprovação da Anvisa, nós não vamos aplicar através do PNI. Vou deixar bem claro: aprovação da Anvisa. Vamos avançar com a dose de reforço nesses grupos e, se as pesquisas apontarem para necessidade desse reforço no restante da população brasileira, faremos isso até o final do ano”, disse.