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    Nanotecnologia magnética ajuda a reaquecer tecidos congelados para transplante

    Desenvolvida por pesquisadores dos Estados Unidos, tecnologia ajuda a evitar que órgãos congelados se deteriorem durante o transporte

    Gabriela Maraccinida CNN

    Pesquisadores usaram nanotecnologia magnética para reaquecer de forma segura e bem-sucedida tecidos animais congelados. A descoberta, relatada na revista científica Nano Letters, da American Chemical Society (ACS), poderá ser útil para tornar os transplantes de órgãos humanos mais seguros para os pacientes, já que os órgãos congelados podem se deteriorar durante o transporte.

    Segundo a Organ Procurement and Transplantation Network, cerca de 6 mil pessoas morreriam anualmente antes de receber um transplante de órgão. Um dos motivos para isso é a perda de órgãos em armazenamento refrigerado durante o transporte, em que os atrasos os fazem aquecer prematuramente e se deteriorar.

    Para resolver esse problema, pesquisadores desenvolveram uma técnica conhecida como nanoaquecimento, pioneira do colaborador John Bischof, para empregar nanopartículas magnéticas e campos magnéticos para descongelar tecidos congelados de forma rápida, uniforme e segura.

    Essas nanopartículas são ímas de barras extremamente pequenos que, quando expostos a campos magnéticos alternados, geram calor o suficiente para descongelar rapidamente tecidos animais armazenados a −150 graus Celsius em uma solução das nanopartículas e um agente crioprotetor. Os pesquisadores também conseguiram desenvolver uma abordagem para evitar o superaquecimento de regiões onde as partículas se reuniam, evitando o risco de danos nos tecidos e toxicidade do agente crioprotetor.

    Aplicando esse método a fibroblastos de pele humana cultivados e a artérias carótidas de porcos, os pesquisadores notaram que a viabilidade celular permaneceu alta após o reaquecimento por alguns minutos, sugerindo que o descongelamento foi rápido e seguro. A capacidade de controlar o reaquecimento do tecido é um avanço para criopreservação de órgãos de longo prazo e, para os pesquisadores, oferece esperança de mais transplantes que salvam vidas de pacientes.

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