Mudança de nome da varíola dos macacos corrige “erro histórico”, diz virologista

À CNN Rádio, Flavio da Fonseca afirmou que a mpox não tem potencial para se transformar em uma pandemia
Amanda Garcia, da CNN
Vacina Monkeypox; vacinação
Enfermeira prepara vacina contra a varíola dos macacos em um local de vacinação no Tropical Park, em Miami, Flórida  • Joe Raedle/Getty Images
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que a varíola dos macacos passe a se chamar mpox.

À CNN Rádio, o virologista Flavio da Fonseca disse que a alteração é necessária, já que “existe um erro histórico na adoção da nomenclatura.”

O vírus foi descoberto na década de 50 afetando macacos em um zoológico da Europa, mas eles são tão afetados quanto nós, mesmo na África, são roedores que passam para macacos e homens”, disse.

Segundo ele, houve mortandade do animal, em razão desse “uso pejorativo e incorreto do nome”: “Havia clamor entre cientistas para a mudança, a fim de evitar a estigmatização.”

Fonseca, que é coordenador da CamaraPox, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, afirmou que o Brasil está “na fila da vacina”, aguardando lotes.

“Temos poucos produtores globais, então há a questão de oferta menor do imunizante”, avaliou.

Ao mesmo tempo, ele acredita que o Ministério “se mobilizou para ter autonomia na produção da vacina”, já que recebeu o “lote semente.”

Esse lote busca “amplificar e produzir nacionalmente o composto."

“O Brasil precisa readquirir essa autonomia na produção de seus próprios insumos porque vivemos um período propício para surgimento de novas doenças.”

Sobre a mpox, o virologista afirma que há ondas, com “picos de disseminação”, e momentos de calmaria, mas sem potencial para se tornar uma pandemia.

Mesmo assim, ele reforça que as autoridades devem se manter preocupadas e atentas.

*Com produção de Isabel Campos