Mudança de nome da varíola dos macacos corrige “erro histórico”, diz virologista
À CNN Rádio, Flavio da Fonseca afirmou que a mpox não tem potencial para se transformar em uma pandemia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que a varíola dos macacos passe a se chamar mpox.
À CNN Rádio, o virologista Flavio da Fonseca disse que a alteração é necessária, já que “existe um erro histórico na adoção da nomenclatura.”
“O vírus foi descoberto na década de 50 afetando macacos em um zoológico da Europa, mas eles são tão afetados quanto nós, mesmo na África, são roedores que passam para macacos e homens”, disse.
Segundo ele, houve mortandade do animal, em razão desse “uso pejorativo e incorreto do nome”: “Havia clamor entre cientistas para a mudança, a fim de evitar a estigmatização.”
Fonseca, que é coordenador da CamaraPox, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, afirmou que o Brasil está “na fila da vacina”, aguardando lotes.
“Temos poucos produtores globais, então há a questão de oferta menor do imunizante”, avaliou.
Ao mesmo tempo, ele acredita que o Ministério “se mobilizou para ter autonomia na produção da vacina”, já que recebeu o “lote semente.”
Esse lote busca “amplificar e produzir nacionalmente o composto.”
“O Brasil precisa readquirir essa autonomia na produção de seus próprios insumos porque vivemos um período propício para surgimento de novas doenças.”
Sobre a mpox, o virologista afirma que há ondas, com “picos de disseminação”, e momentos de calmaria, mas sem potencial para se tornar uma pandemia.
Mesmo assim, ele reforça que as autoridades devem se manter preocupadas e atentas.
*Com produção de Isabel Campos