Mortes no Brasil cresceram, em média, 12% por dia nesta semana
Apesar de recorde, o ritmo de crescimento do número de mortes vem caindo nos últimos dias
O Brasil bateu recorde em novo número de mortes nesta sexta-feira (17), mas o ritmo de crescimento vem caindo nos últimos dias.
Em seu trigésimo segundo dia desde a primeira morte no país, que aconteceu no dia 17 de março, o crescimento de mortes foi de 11% nesta sexta-feira em relação ao dia anterior. Tinha sido de 13% na quarta-feira (15), e de 15% na terça-feira (29).
Se analisados os dados de outros países, os EUA mostraram um ritmo mais acelerado no mesmo período. Em seu trigésimo segundo dia, o país teve uma alta de 28,7% mortes, com mais de 900 mortes registradas. Desde então, embora com um número absoluto de mortes maior por dia, o ritmo de aceleração vem caindo.
Nesta sexta (17), segundo dados do CDC Europe, o crescimento foi de 7,42%, um dos menores desde o início das mortes.
O mesmo aconteceu na Espanha. A taxa de crescimento de mortes em seu trigésimo segundo dia era de 7,4% e já vinha apresentando queda. Hoje, está em 3%. Na Alemanha, que tinha uma taxa semelhante à do Brasil no mesmo período, também houve queda na taxa, hoje em 8,38%. Já na Itália, o ritmo de crescimento está em 2,43%.
É difícil comparar o Brasil com esses países para estimar se o ritmo de mortes seguirá em queda, já que há déficit no número de testes realizados, bem como uma grande quantidade de testes na fila.
Na China, onde a crise teve início, foram registradas, até o momento, 4,6 mil mortes – o país revisou o número nesta sexta-feira, com mais de 1,2 mil mortes que não tinham sido contabilizadas antes. Ao menos sete países já ultrapassaram este número – EUA (33,2 mil), Itália (22,1 mil), Espanha (19,1 mil), França (17,9 mil), Reino Unido (13,7 mil), Irã (4,8 mil) e Bélgica (4,8 mil).
Veja o número de mortes em outros países no mesmo período em que o Brasil após a primeira morte (ou seja, em 32 dias)