Minoxidil, finasterida e outros: benefícios e riscos de medicamentos contra a calvície
Apesar de muito usados, alguns fármacos podem resultar efeitos colaterais como crescimento de pelos pelo corpo e disfunção erétil
A perda de cabelo é uma preocupação que afeta muitos homens. Embora a calvície seja muito associada ao envelhecimento, a queda dos fios pode começar cedo e afetar a autoestima. Conheça abaixo os benefícios e riscos de medicamentos usados contra a calvície masculina.
A alopecia androgenética, conhecida popularmente como calvície masculina, é a causa mais comum de queda de cabelo entre os homens. Estima-se que 50% desse público experimentarão algum grau de calvície até os 50 anos. A genética desempenha um papel importante, mas fatores como estresse, alimentação e cuidados inadequados com os fios também podem influenciar.
“A calvície masculina é de origem genética e hormonal, por isso os medicamentos mais eficazes são os que agem reduzindo o hormônio DHT e favorecendo o aporte sanguíneo, como a finasterida e o minoxidil”, explica Julio Pierezan, dermatologista e tricologista.
Minoxidil
O Minoxidil é um dos tratamentos tópicos mais populares para a queda capilar entre os homens, e também entre as mulheres. Originalmente usado para tratar hipertensão, descobriu-se que ele promove o crescimento dos fios como efeito colateral.
O medicamento é aplicado diretamente no couro cabeludo, retardando a queda e ajudando a estimular o crescimento de novos fios. No entanto, os resultados variam de pessoa para pessoa e é necessário uso contínuo para manter os benefícios.
“Ele é um vasodilator e melhora a chegada de sangue no couro cabeludo e, quando isso acontece, os fios têm a possibilidade de conseguir crescer e engrossar”, explica Letícia Ambrosano, dermatologista especialista em cabelos.
Porém, como todo medicamento, ele também possui alguns efeitos colaterais e só deve ser usado após indicação médica.
“O maior efeito colateral é o crescimento de pelos no corpo, o que chamamos de hipertricose. Pacientes que tem arritmia no coração devem se submeter a avaliação médica antes do uso”, acrescenta Gustavo Martins, dermatologista e tricologista.
Finasterida
Outro tratamento amplamente utilizado é a finasterida, um medicamento oral que age bloqueando a conversão da testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), hormônio que contribui para a queda de cabelo.
Diferente do Minoxidil, a finasterida é uma medicação que requer prescrição médica, pois pode causar efeitos colaterais como diminuição da libido e disfunção erétil em alguns casos.
“Se o seu caso é alopecia androgenética, aquele tipo hereditário, os dois medicamentos [finasterida e minoxidil] são eficazes. Eles agem estimulando e prevenindo os folículos capilares da queda. Os dois medicamentos estão disponíveis à venda, porém a avaliação de um médico é essencial para evitar possíveis contraindicações ou efeitos colaterais, caso o paciente tenha”, acrescenta Julio.
Cetoconazol e alfaestradiol
Outros medicamentos disponíveis no mercado, como o cetoconazol e o alfaestradiol, também auxiliam na queda de cabelo e podem ser usados seguindo a recomendação médica.
O cetoconazol é um antifúngico indicado para o tratamento do couro cabeludo, melhorando dermatites e descamações, que podem ocasionar a queda dos fios.
Já o alfaestradiol ajuda a combater a alopecia androgênica — caracterizada pela miniaturização progressiva do fio de cabelo –, tanto em homens quanto mulheres, evitando que os fios caiam.
Outras opções de tratamento
Além dos medicamentos, há outras opções de tratamentos para a queda dos fios e para calvície. São elas:
- Terapia com laser de baixa intensidade: a técnica utiliza luz para estimular os folículos capilares, promovendo o crescimento de novos fios;
- Transplante capilar: solução mais permanente, ela envolve a transferência de folículos capilares de uma área em que há bastantes fios para áreas afetadas pela calvície;
- Shampoos e loções: alguns produtos no mercado prometem fortalecer o cabelo e reduzir a queda, embora a eficácia possa variar de pessoa para pessoa.