Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Saúde muda nota e retira tabela que sugere eficácia da hidroxicloroquina contra Covid

    Após críticas da comunidade médica, tabela que sugeria eficácia da hidroxicloroquina no combate à Covid e da vacinação, não, foi retirada

    Tiago Tortellada CNN*

    O ministério da Saúde alterou uma nota técnica da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE) que sugeria que a hidroxicloroquina tem eficácia no combate à Covid-19 e a vacinação, não, publicada no sábado (22).

    A alteração foi anunciada na terça-feira (25), afirmando que a republicação da nota seria feita para “promover maior clareza no conteúdo e evitar interpretações equivocadas, como a de que a decisão critica o uso das vacinas Covid-19”.

    A única mudança na nota é a remoção de uma tabela que sugeria que a hidroxicloroquina é eficaz e segura e a vacinação, não.

    Nela, o órgão do ministério dizia que a hidroxicloroquina tem efetividade em estudos controlados e randomizados, e que existiria a demonstração de segurança em estudos experimentais e observacionais. Ainda na tabela, constava a informação que as vacinas não atendem a esses requisitos.

    Ao assumir o comando do ministério da Saúde, Marcelo Queiroga solicitou um estudo à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec), que avalia a integração de medicamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao SUS, sobre a cloroquina e ivermectina.

    Após meses de estudo, foi constatado que os medicamentos não são eficazes contra a Covid-19.

    Mesmo assim, o secretário da SCTIE, Helio Angotti Neto, disse que recusaria as recomendações do Conitec, fazendo a nota técnica do sábado.

    Porém, mesmo com a alteração, a nota técnica ainda recusa os relatórios do Conitec.

    Carlos Carvalho, médico que comandou os estudos sobre os medicamentos, anunciou que entrará com um recurso. Segundo a legislação da Comissão, a última análise será do ministro Marcelo Queiroga.

    *com informações de Natália Andre, João Pedro Malar e Giulia Alecrim, da CNN

    Tópicos