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    Medidas da Anvisa dão fôlego de alguns dias para kit intubação, diz diretor

    Medicamentos do chamado kit intubação estão com estoques baixos em diversas regiões do país; Anvisa facilitou importação

    Leitos de UTI no Hospital Regional de Santa Maria, em Brasília, com aparelhos para atender pacientes de Covid-19
    Leitos de UTI no Hospital Regional de Santa Maria, em Brasília, com aparelhos para atender pacientes de Covid-19 Foto: Leandro Cipriano/SES Brasília (6.abr.2020)

    Renata Agostinida CNN

    As medidas publicadas pela Anvisa darão fôlego de alguns dias no abastecimento de medicamentos do chamado kit intubação, que estão com estoques baixos em diversas regiões do país. O aumento da importação desses remédios, no entanto, será “primordial” para conter a atual crise. A avaliação foi feita por Romison Rodrigues Mota, diretor da agência, à CNN

    Segundo ele, como reflexo das medidas publicadas, os fabricantes vão conseguir, por exemplo, antecipar em sete dias a distribuição do que já está produzido e em estoque. Haverá efeito então no abastecimento de hospitais já nos próximos dias, afirmou Mota.

    Isso será possível porque a Anvisa mudou exigências. Antes, os fabricantes tinham de manter os medicamentos armazenados por 14 dias para que testes fossem feitos. Agora, a Anvisa autorizou fabricantes a reduzir esse prazo para somente sete dias. 

     

    No entendimento de Mota, a medida dará alguns dias de alívio na distribuição enquanto a importação vai sendo incrementada. A Anvisa também facilitou a importação e a produção local dos medicamentos. 

    “Agora há a ‘receita do bolo’ disponível, é só o interessado pegar essa receita e produzir o medicamento. Precisa somente notificar a Anvisa”, afirmou Mota.

    A expectativa sobre os efeitos das medidas da Anvisa no abastecimento do mercado aumentou diante da indicação dos fabricantes de medicamentos de que eles não têm como atender à requisição de estoque feita pelo Ministério da Saúde. 

    A pasta requisitou os estoques, mas avisou que as empresas poderiam honrar os contratos já firmados. As fabricantes informaram então que não podem então responder à requisição nesse momento. 

    Segundo Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, que representa fabricantes de medicamentos, as empresas informaram que estoques e parte da produção futura já estão comercializados. 

    “Nossa proposta é o Ministério da Saúde fazer compra centralizada, fornecendo diretamente aos estados e municípios de forma organizada e a indústria atenderia os hospitais privados. Como o consumo aumentou de forma absurda, será impossível, nesse momento, estados, municípios e os hospitais privados fazerem estoques de segurança”, afirmou.