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    Médicos dizem que, sem vacinação, haverá sobrecarga em serviços de saúde

    David Uip e Jamal Suleiman, infectologistas, alertam para riscos de população não se imunizar adequadamente

    Artur NicoceliLayane Serranoda CNN , São Paulo

    Nas últimas semanas, além da Covid-19, outro vírus que está assolando o Brasil é a Influenza. Médicos entrevistados pela CNN: Jamal Suleiman, infectologista do Instituto Emílio Ribas, e David Uip, médico infectologista e professor titular da Faculdade de Medicina do ABC, detalham os motivos para ambas as doenças ficarem mais fortes neste final de ano e que haverá uma sobrecarga em serviços de saúde sem vacinação.

    Suleiman diz que a sazonalidade fora de época era uma história já esperada, “os vírus de transmissão respiratória têm a característica de propagação quando se há aglomerações [o que costuma ocorrer nas festas de fim de ano] e em lugares que as pessoas suspendem os métodos de barreira, como a máscara”.

    Uip também explica que as pessoas podem pegar Covid-19 e Influenza ao mesmo tempo. “E, caso as pessoas não se vacinem e tomem cuidado, haverá uma sobrecarga nos serviços de atendimento à saúde”.

    A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informa que a rede tem registrado um aumento significativo na demanda de atendimento das unidades de saúde a pessoas com sintomas gripais.

    Em novembro de 2021, a SMS registrou um total de 111.949 atendimentos de pessoas com sintomas gripais, sendo 56.220 suspeitos de Covid-19. Neste mês, até quarta-feira (22), a SMS registra um total de 184.460 atendimentos com quadro respiratório, sendo 84.753 suspeitos de Covid-19.

    Suleiman diz que a diferença entre a gripe e a Covid-19 é que a Influenza costuma ter um quadro mais agudo e de bastante intensidade (febre alta e dores musculares), “assim, a melhor época para fazer o exame de detecção é o segundo dia de sintomas”.

    Já o coronavírus, aponta o infectologista do Instituto Emílio Ribas, começa com sintomas mais leves e costuma se agravar perto do quinto dia. “Mas algumas variantes clínicas podem ser diferentes”, argumenta.

    Para ele, as datas mais oportunas para realizar o teste de Covid-19 é entre o primeiro e terceiro dia de sintomas. “Caso a pessoa seja vacinada, a partir do quinto dia começa a ficar mais difícil de encontrar o agente no corpo”, explica. “Se não estiver com o imunizante, o intervalo é maior”.

    Ambos afirmam que, caso alguém sinta os sintomas e não saiba se está com Influenza ou coronavírus, a melhor opção é ficar em casa, para que algum dos vírus não se propague, e procurar serviços médicos para ter o diagnóstico correto.

     Confira a íntegra no vídeo

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