Médico: Alternar entre carne branca e vermelha evita excesso de gordura no corpo
Quadro Correspondente Médico abordou riscos de consumo em excesso de carne bovina, que eleva risco de doença arterial coronariana
Na edição desta quinta-feira (22) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes analisou um estudo publicado em uma revista científica alimentar britânica que relaciona o consumo de carne vermelha a doenças cardíacas.
A análise foi feita com mais de 1 milhão de pessoas que foram acompanhadas por 30 anos. De acordo com a pesquisa, o risco de doença arterial coronariana aumentou à medida que o consumo de carne cresceu. Para cada 50 gramas de carne bovina, cordeiro e porco consumidos, o risco aumentou em 9%.
“A carne faz parte do prato de qualquer pessoa no mundo desde que ela não tenha nenhuma restrição ou vontade de não ingerir carne. O grande problema é o consumo em excesso”, afirmou Gomes.
“A carne vermelha é rica em gordura saturada e, muitas vezes, temperadas com sal — essa combinação pode levar a alteração das coronárias, os vasos que levam sangue para o coração, portanto, aumentam o risco de um infarto agudo do miocárdio”, explicou o médico.
O estudo também indicou que o consumo de aves, como frango e peru, consideradas carnes magras, não trazem os mesmos riscos à saúde.
Gomes disse que além de fibras musculares diferentes, a principal diferença entre a carne branca e a vermelha é a concentração de gordura saturada. “Sabemos que isso tende a ser menor no frango, peru e peixe. No caso desse último, pode ter até uma gordura que é mais favorável para a nossa saúde.”
A dica do médico é a alternar o cardápio entre ambas as carnes, equilibrando o consumo para evitar excesso de gordura no corpo e, também carência de nutrientes importantes, como vitaminas do complexo B12, presente em carnes bovinas.