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    Médico: Alternar entre carne branca e vermelha evita excesso de gordura no corpo

    Quadro Correspondente Médico abordou riscos de consumo em excesso de carne bovina, que eleva risco de doença arterial coronariana

    Nicole Lacerda, da CNN, em São Paulo

    Na edição desta quinta-feira (22) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes analisou um estudo publicado em uma revista científica alimentar britânica que relaciona o consumo de carne vermelha a doenças cardíacas.

    A análise foi feita com mais de 1 milhão de pessoas que foram acompanhadas por 30 anos. De acordo com a pesquisa, o risco de doença arterial coronariana aumentou à medida que o consumo de carne cresceu. Para cada 50 gramas de carne bovina, cordeiro e porco consumidos, o risco aumentou em 9%.

    “A carne faz parte do prato de qualquer pessoa no mundo desde que ela não tenha nenhuma restrição ou vontade de não ingerir carne. O grande problema é o consumo em excesso”, afirmou Gomes.

    “A carne vermelha é rica em gordura saturada e, muitas vezes, temperadas com sal — essa combinação pode levar a alteração das coronárias, os vasos que levam sangue para o coração, portanto, aumentam o risco de um infarto agudo do miocárdio”, explicou o médico.

    O estudo também indicou que o consumo de aves, como frango e peru, consideradas carnes magras, não trazem os mesmos riscos à saúde.

    Gomes disse que além de fibras musculares diferentes, a principal diferença entre a carne branca e a vermelha é a concentração de gordura saturada. “Sabemos que isso tende a ser menor no frango, peru e peixe. No caso desse último, pode ter até uma gordura que é mais favorável para a nossa saúde.”

    A dica do médico é a alternar o cardápio entre ambas as carnes, equilibrando o consumo para evitar excesso de gordura no corpo e, também carência de nutrientes importantes, como vitaminas do complexo B12, presente em carnes bovinas.