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    Médica fala sobre riscos de coronavírus para grávidas e recém-nascidos

    Riscos da COVID-19 para gestantes voltaram ao debate após morte de mulher de 29 anos, que deu à luz e morreu dias depois por coronavírus no Rio de Janeiro

    A médica Beatriz Nóbrega, especializada em obstetra, ginecologista e especialista em Reprodução Humana, esclareceu à CNN, nesta terça-feira (7), que ainda não há consenso sobre se uma mulher grávida com diagnóstico confirmado para o novo coronavírus pode passar a doença para o bebê. As questões foram levantadas após uma grávida de 29 anos morrer por complicações da COVID-19 dias após dar à luz no Rio de Janeiro. O bebê segue internado em observação.

    Segundo a profissional de saúde, a resposta sobre os riscos de transmissão vertical – da mãe para o bebê ainda no útero – é incerta, mas alguns resultados apontam para essa possibilidade.

    “Alguns trabalhos recentes sugerem essa transmissão vertical, mas isso ainda não está bem documentado, então não sabemos como isso se dá”, diz ela.

    “Não tem transmissão através da placenta, a gente não sabe se essa transmissão pode ser imediatamente após o parto nem de forma é feita. É uma doença muito nova e a gente consegue acumular os dados conforme eles vão acontecendo”, acrescenta.

    De acordo com a médica, acredita-se que os recém-nascidos possam ser infectados somente após o parto. “O que a gente imagina que seja a forma de transmissão mais comum para bebês seja realmente depois do parto, com as gotículas de mães, outras pessoas da casa ou visitas contaminadas”, ressalta.

    Com isso, Beatriz diz que as restrições em maternidades podem ajudar a proteger esse grupo. “Quanto menos pessoas circularem em ambiente hospitalar, principalmente em maternidades, melhor. Tanto para proteger as mães, os bebês e a até as próprias pessoas para evitarem sair de casa”, considera.

    Também à CNN, o ginecologista e obstetra Agnaldo Lopes da Silva Filho, presidente da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), ressaltou que as grávidas devem manter as consultas e o controle do pré-natal, além de seguir as orientações gerais para a população

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