Máscara de pano é suficiente para pessoas sem a COVID-19, avalia infectologista
Infectologista afirma que tecido de algodão é o mais indicado para a produção das máscaras caseiras
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse na quarta-feira (1º) que máscaras de proteção podem servir como barreira eficiente para a população em geral contra o coronavírus. A sugestão de Mandetta tem como foco o uso de máscaras alternativas, preservando as cirúrgicas e as N95 para os profissionais de saúde.
Em entrevista à CNN, a infectologista Raquel Stucchi avaliou a fala do ministro da Saúde e afirma que as máscaras de tecido são, sim, eficientes, apenas para pessoas não diagnosticadas com o novo coronavírus.
“Elas são uteis para evitar que se eu estiver ainda em um quadro muito leve e ainda sem diagnóstico, que eu não transmita para outras pessoas. Ela ajuda muito para que eu não entre em contato com o vírus ao circular em locais fechados que a gente pode ir a qualquer momento”, explica.
Stucker também ensina como deve ser feita a utilização da máscara ‘caseira’, que deve ser trocada pelo menos duas vezes ao dia. Sua primeira função é garantir que o item vede o nariz a boca. “Eu não devo tocar a máscara quando estiver com ela e ao retirar, retire pelo elástico e dobre, colocando-a em um envelope — caso não esteja em casa. Caso esteja em sua residência, coloque a máscara para lavar”.
A especialista lembra que o tecido ideal para o item é o algodão.
Para homens com barbas um pouco maiores, a máscara não será eficiente. A lavagem de mãos continua sendo a principal maneira de evitar a transmissão.