Mais Médicos oferece mais de 6 mil vagas; mil postos serão destinados à Amazônia Legal
No novo edital, 47% das vagas foram destinadas às regiões de alta vulnerabilidade social
O programa Mais Médicos para o Brasil vai ofertar 6.265 vagas em todo o país, incluindo mil postos inéditos que serão destinados à Amazônia Legal. O novo edital, publicado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (18), detalha a distribuição das vagas por municípios.
O Ministério da Saúde busca repor profissionais de saúde em localidades com deficiência de especialistas, além de expandir a atuação em áreas com dificuldade para fixação no contexto da Atenção Primária.
Nesta etapa, gestores das prefeituras devem indicar quantas vagas pretendem preencher em cada localidade do total autorizado pelo edital. De acordo com o edital, os postos serão distribuídos em 2.074 municípios. A segunda fase será aberta à inscrição para seleção aos profissionais formados no Brasil.
O ministério prevê a abertura de 15 mil vagas até o final do ano, com investimento por parte do governo federal de R$712 milhões.
Priorização de regiões de alta vulnerabilidade
A distribuição das vagas considera contextos de vulnerabilidade social, maior dependência do Sistema Único de Saúde (SUS) para o acesso da população aos serviços e a dificuldade de provimento de profissionais, de acordo com o ministério.
No novo edital, 47% das vagas foram destinadas às regiões de alta vulnerabilidade social, sendo 1.118 vagas aos municípios de extrema pobreza e 1.857 para contemplar a categoria alta e muito alta de vulnerabilidade. Outras 666 vagas (10,6%) estão indicadas para os municípios do G100, ou seja, aquelas cidades com mais de 100 mil habitantes e baixo rendimento per capita.
Em relação aos municípios de média vulnerabilidade, o total é de 1.721 vagas, representando 27,5% do total do edital. As outras 14,3% serão vagas de reposição para os demais municípios.
“Um dos mais importantes méritos do programa Mais Médicos é a prioridade para a formação no SUS, no trabalho das unidades básicas, pois é no cotidiano dos serviços de saúde que são vividos os problemas e construídas soluções, através de um processo de aprendizado permanente”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, sobre a retomada do programa.