Maior parte de internados com Covid são não vacinados, diz médica do Sírio Libanês
Hospital referência de São Paulo está com 82% dos leitos gerais ocupados; variante Ômicron impulsionou ocupação de UTIs acima de 80% em dez capitais
Nesta quarta-feira (26), o Brasil registrou 224.567 casos diários de Covid-19 — um novo recorde desde o início da pandemia (o anterior foi no último 19 de janeiro, quando o país havia registrado 204.854 casos da doença). Os dados são do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
Com 570 mortes decorrentes da Covid-19 registradas em 24 horas, o país também atingiu o maior número de óbitos desde 13 de novembro de 2021. A média móvel de casos, que considera os últimos sete dias, chegou a 159.877 infecções — recorde pelo nono dia consecutivo.
Com o alto número de casos, houve aumento também na procura por leitos em hospitais para tratar a Covid-19. Um levantamento feito pela CNN, nesta quinta-feira (27), aponta que dez capitais estão com mais de 80% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados.
Belo Horizonte (82,1%), Campo Grande (89,7%), Curitiba (85%), Florianópolis (84,3%), Goiânia (95,6%), Macapá (90%), Manaus (82%), Porto Velho (91,7%), Rio Branco (90%) e Vitória (82,7%) são as capitais do país com piores índices de ocupação.
No Sírio Libanês, hospital referência na capital paulista, a taxa de ocupação de leitos gerais do hospital já está em 82% e há 21 pessoas na UTI internadas com Covid-19.
Em entrevista à CNN, a infectologista do Sírio Libanês, Mirian Dal Ben, disse que o que observamos em São Paulo é bem parecido com o que se viu em outros lugares do mundo, como Reino Unido e Estados Unidos.
“A gente vê que a maior parte das pessoas que internam e precisam de um leito de UTI são principalmente pessoas não vacinadas, ou pessoas que têm alguma comorbidade que faz a resposta à vacina ser menor”, afirmou.
Ela pontua que também existem pacientes internados que se vacinaram contra o coronavírus, “mas bem menos”. “O que a gente observa é que os quadros clínicos são muito diferentes da outra onda”, argumenta.
A infectologista disse que os internados vacinados usam poucos dias de oxigênio quando necessário, não precisam ir para a Terapia Intensiva e melhoram muito mais rápido.
“Quem a gente vê com o padrão de infecção de ficar internado por muito tempo são os não vacinados”, declarou.
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Confira orientações do Ministério da Saúde diante do diagnóstico de Covid-19 • Myke Sena/MS
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O Ministério da Saúde recomenda que diante de sintomas compatíveis com a Covid-19, como febre, tosse, dor de garganta ou coriza, com ou sem falta de ar, as pessoas devem buscar atendimento médico. Confira outras orientações • Cassiano Psomas/Unsplash
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Use máscara o tempo todo • Getty Images
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Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo • Conscious Design/Unsplash
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Depois de usar o banheiro, limpe o vaso, mantendo a tampa fechada, higienize a pia e demais superfícies com álcool ou água sanitária. Sempre lave as mãos com água e sabão • Nathan Dumlao/Unsplash
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Separar toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos para uso exclusivo • Sven Mieke/Unsplash
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O lixo produzido precisa ser separado e descartado • Kinga Lopatin/Unsplash
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Evite compartilhar sofás e cadeiras e realize limpeza e desinfecção frequente com água sanitária ou álcool 70% • Nathan Fertig/Unsplash
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Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a porta fechada, limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70% ou água sanitária • Daniel Hansen/Unsplash
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Caso o paciente não more sozinho, recomenda-se que os demais moradores da residência durmam em outro cômodo • Bermix Studio/Unsplash
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Mantenha a distância mínima de 1,5 m entre a pessoa infectada e os demais moradores • Chris Greene/Unsplash