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    Maior estudo já feito não respalda uso da hidroxicloroquina contra COVID-19

    Sob alguns aspectos, tratar com a droga trouxe piores resultados do que não usá-la.

    Lourival Sant'Annada CNN

    Levantamento dos resultados de tratamentos de pacientes com a pneumonia COVID-19 com e sem hidroxicloroquina (HCQ) concluiu que não há provas de sua eficácia. Sob alguns aspectos, tratar com a droga trouxe piores resultados do que não usá-la.

    A análise incluiu 181 pacientes de 4 hospitais na França: 84 receberam hidroxicloroquina nas primeiras 48 horas de internação e 97 não usaram o medicamento. Entre os que usaram, a porcentagem de mortes dentro de 7 dias foi maior, 4,6%, em relação aos que não receberam a droga, dos quais 2,8% morreram. A porcentagem dos que foram para a UTI ou morreram em 7 dias de tratamento foi maior entre os que não receberam a hidroxicloroquina: 22,1% a 20,2%.

    No grupo da HCQ, 27,4% dos pacientes desenvolveram síndrome de insuficiência respiratória aguda, enquanto que no outro grupo isso aconteceu com 24,1%. Oito pacientes medicados com hidroxicloroquina sofreram alterações no batimento cardíaco que levaram à interrupção do tratamento.

    Essa constatação coincide com a de outro estudo, feito com 81 pacientes em Manaus, com a participação de 26 cientistas de diversas instituições. A cloroquina causou grave arritmia cardíaca nos pacientes. A experiência teve de ser interrompida depois que 11 deles morreram.

    Já o estudo francês envolveu 29 cientistas. É o maior trabalho já feito sobre a eficácia da hidroxicloroquina contra a COVID-19. Foi publicado na plataforma medRxiv.org, que divulga estudos ainda não revisados por outros cientistas.

    A conclusão foi: “Esses resultados não respaldam o uso de HCQ em pacientes hospitalizados por pneumonia hipóxica positiva SARS-CoV-2 (o nome técnico da doença)”. Segue o link para o PDF do estudo em inglês.

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