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    Letalidade da COVID-19 nos países com mais mortes varia entre 0,8% e 11%

    Dados foram coletados do site Our World in Data, de pesquisadores da Universidade de Oxford

    Luiz Fernando Toledo , Da CNN Brasil, em São Paulo

    A taxa de letalidade por casos de COVID-19 podem variar entre 0,8% e 11% entre os países com mais mortes no mundo, apontam dados coletados pelo Our World in Data, de pesquisadores da Universidade de Oxford, e analisados pela CNN.

    Embora o número ainda não seja definitivo, já que a quantidade de pessoas contaminadas ainda não ficou clara –nem o total de mortes–, estes dados podem mostrar não só diferenças entre a quantidade de testes feitos ou velocidade de atendimento, mas também diferenças na estrutura dos países.

    A CNN tabulou os casos levantados pela universidade somente entre os países que tiveram mais de 100 mortes. Um número baixo de mortes poderia distorcer as comparações.

    Com este filtro, a Itália é o país que apresenta, até o momento, a maior taxa: são 10,7 mil mortes para 97,6 mil casos confirmados (11,04%). Em seguida aparece a Indonésia, com 114 mortes em 1,2 mil casos confirmados (8,87%) e Espanha, com 6,5 mil mortes e 78,7 mil casos (8,28%). Na China, onde a crise teve início, a taxa é de 4% – 3,3 mil mortes em 82,4 mil casos.

    No caso da Itália, essa taxa vem subindo a cada dia. Em 5 de março, quando o país registraca 107 mortes, o valor era de 3%. No Brasil, o valor estava em 3,2% no dia 30 –taxa menor que a média mundial, de 4,7%.

    A menor taxa de letalidade entre os países com mais de 100 mortes até o momento é a Alemanha: 0,79%, ou 455 mortes em 57,3 mil casos registrados.

    Uma das teorias apontadas por especialistas é que a Alemanha, assim como a Coreia do Sul, realizou uma grande quantidade de testes entre a população, o que pode reduzir essa taxa. 

    Conforme mostrado em reportagem da CNN, há uma grande diferença entre o número de testes feitos entre os países –à época da publicação, com dados do dia 13 de março, o Brasil estava entre os que menos realizaram exames. 

    Outra hipótese é a de que a estrutura do atendimento médico no país às vítimas pode ser melhor do que em outros países. Entre os países com o maior número de casos de COVID-19, por exemplo, a Alemanha é a que tem a maior quantidade de enfermeiros por 1.000 habitantes –13,2, segundo dados do Banco Mundial. No Brasil, são 9,7 por 1 mil habitantes. Nos EUA, que hoje têm a maior quantidade de casos confirmados, a taxa é de 8,6 por mil habitantes.

    O número de leitos por 1 mil habitantes também é um dos maiores na Alemanha – taxa de 8,2. Nos EUA, de 2,9, também segundo o Banco Mundial. Em São Paulo, estado com maior número de casos de coronavírus no Brasil, o valor é de 2,2 a cada 1 mil.

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