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    Intervalo da terceira dose será reduzido de cinco para quatro meses, anuncia Queiroga

    Ministro da Saúde afirma que governo vai adotar a medida para ampliar a proteção contra a variante Ômicron do coronavírus

    Léo Lopesda CNN , em São Paulo

    O governo federal vai reduzir o intervalo de aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19 de cinco para quatro meses.

    A informação foi anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em publicação no Twitter.

    A portaria com a modificação deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (20).

    “Para ampliar a proteção contra a variante Ômicron vamos reduzir o intervalo de aplicação da 3ª dose de cinco para quatro meses”, escreveu o ministro.

    “A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco”, complementou.

    Terceira dose no Brasil

    Após ter iniciado, em setembro, a aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19 em idosos e imunossuprimidos, o Brasil expandiu a vacinação com dose adicional e passou, em novembro, a aplicar uma dose de reforço da vacina para toda a população acima de 18 anos.

    Por que é necessário aplicar a terceira dose?

    A aplicação de uma dose de reforço tem sido defendida por especialistas diante da alta de infecções entre imunizados com as duas doses, como foi o caso do ator Tarcísio Meira, que morreu em agosto.

    Também há evidências científicas de que a proteção induzida pelas vacinas cai ao longo do tempo, o que coloca em risco, principalmente, os grupos mais vulneráveis.

    Isso significa que a vacina é ineficaz?

    Não. Estudos científicos e o monitoramento da aplicação das vacinas revelam que os imunizantes contra a Covid-19 são eficazes contra o coronavírus e funcionam contra as variantes já conhecidas.

    Pode existir, no entanto, uma queda do nível de proteção vacinal ao longo do tempo.

    Quando a dose de reforço começou a ser aplicada?

    A vacinação com terceira aplicação começou no Brasil no início de setembro. O Ministério da Saúde previa o início da vacinação com dose de reforço a partir de 15, mas o governo de São Paulo adiantou o início da nova etapa para o dia 6 daquele mês.

    Quais grupos estão recebendo a terceira dose?

    Em um primeiro momento, apenas idosos acima dos 60 anos, imunossuprimidas e profissionais de saúde receberam o reforço com a terceira dose.

    Em 16 de novembro, porém, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ampliou a imunização com dose adicional, contemplando toda a população acima de 18 anos.

    A intenção da pasta é aplicar o reforço em 103 milhões de pessoas até maio.

    O reforço será dado só para quem tomou a Coronavac?

    Não. A dose de reforço vai ser aplicada nos indivíduos elegíveis, que tomaram qualquer um dos imunizantes disponíveis no país.

    Qual deve ser o intervalo entre doses?

    Para que uma pessoa seja elegível para receber a dose adicional, além de ter mais de 18 anos, é necessário que ela tenha recebido uma segunda dose ou dose única de imunizante há pelo menos quatro meses.

    Como funciona para quem recebeu vacina da Janssen?

    O Ministério da Saúde anunciou que as pessoas que tomaram a vacina da Janssen, da farmacêutica Johnson & Johnson, precisarão tomar uma segunda dose do imunizante.

    A aplicação deverá ser feita dois meses após a primeira dose. O reforço para essas pessoas também será feito quatro meses após o esquema vacinal completo.

    Quantas pessoas já receberam dose adicional?

    De acordo com levantamento da Agência CNN, pelo menos 22.574.399 pessoas já receberam a terceira dose no Brasil.

    Quais vacinas estão sendo usadas?

    O Ministério da Saúde disse que há preferência pela vacina da Pfizer, mas também podem ser usadas vacinas da Janssen ou da AstraZeneca.

    Deve-se privilegiar ainda, segundo a pasta, a imunização heteróloga, que é feita com um imunizante diferente do que foi aplicado nas primeiras doses.

    * Com informações de Estadão Conteúdo

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