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    Intercambialidade de vacinas é possível com aval da ciência, diz Queiroga

    Ministro da Saúde diz que mistura de imunizantes contra o novo coronavírus só é indicada para gestantes, mas não descarta ampliar esse tipo de uso no país

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou neste sábado (14) que a intercambialidade de vacinas contras a Covid-19 é viável e pode ser adotada de forma mais ampla no país, desde que haja aval da ciência.

    “Desde que a ciência nos autorize a fazer a intercambialidade de maneira mais ampla, faremos”, afirmou Queiroga durante visita ao programa piloto de testagem contra o novo coronavírus em Brasília. O ministro ressaltou, porém, que no momento essa abordagem só é indicada para gestantes.

    “Intercambialidade, há orientação para as gestantes, por segurança orientamos a intercambialidade. Nesse sentido, isso é um dos exemplos da conduta acertada do Ministério da Saúde, que fez um documento tecnológico para produzir essa vacina com IFA [Ingrediente Farmacêutico Ativo] nacional”, continuou o ministro.

    Queiroga também afirmou que “não será bom” se os municípios criarem um sistema próprio para a alocação dos imunizantes. “Tem que se seguir as orientações do Ministério da Saúde.”

    Nesta semana, contrariando recomendações da pasta, a prefeitura de Niterói, no Rio de Janeiro, começou a aplicar a vacina da Pfizer como segunda dose para as pessoas que apresentaram reação adversa à vacina da AstraZeneca/Fiocruz. 

    Desde julho, por recomendação da secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, as grávidas que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca podem receber a segunda dose com Pfizer ou Coronavac.

    O processo de intercambialidade de vacinas também pode ser feito em pessoas que tiveram reações alérgicas ou que precisem terminar o esquema vacinal e não há doses do mesmo fabricante disponíveis.

    Esse processo é regulamentado por uma nota técnica editada no fim daquele mês e que estabeleceu orientações aos municípios sobre os casos de intercambialidade das vacinas contra Covid-19.

    Veja imagens da vacinação contra Covid-19 no Brasil e no mundo:

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    Segundo o documento, essa mistura de imunizantes não deve acontecer de forma indiscriminada “por falta de estudos de eficácia/efetividade e segurança em larga escala”. 

    No entanto, em situações de exceção, a pasta diz que pode ser administrada uma vacina contra o novo coronavírus de fabricante diferente do usado na primeira dose.

    Um exemplo em que esse uso é autorizado pelo governo é no caso de mulheres grávidas ou no puerpério (até 45 dias após o parto) que, ao receber a segunda dose, devem ser ofertadas, preferencialmente, a vacina da Pfizer.

    “Caso este imunizante não esteja disponível na localidade, poderá ser utilizada a vacina Sinovac/Butantan”, diz o documento, ressaltando que pessoas que receberem vacina no esquema de intercambialidade “deverão ser orientadas a respeito das limitações referentes aos dados existentes e do perfil de risco-benefício”.

    (Com informações de Neila Guimarães, da CNN, em Brasília)

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