Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Informação clara é a recomendação número 1 para varíola dos macacos, diz infectologista

    Brasil registrou a primeira morte pela doença nesta sexta-feira (29)

    Anna Gabriela CostaThiago Félixda CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN, nesta sexta-feira (29), a infectologista e epidemiologista Luana Araujo fez um alerta sobre a importância de se ter informações corretas sobre a varíola dos macacos. A médica destacou que a informação clara sobre a doença deve ser a recomendação número 1 na prevenção de casos.

    “Informação, primeira e acima de qualquer outra coisa, informação correta, uma vez que não temos grandes medidas para oferecer para a população”, disse.

    O Brasil registrou a primeira morte pela doença nesta sexta-feira. O país já soma mais de 1.000 casos de varíola dos macacos, sendo metade das contaminações só no estado de São Paulo.

    “A ideia é que se você conhece alguém com suspeita de diagnóstico, ou se você tem sintomas, como febre, dor de cabeça, dor nas costas, íngua e feridas pelo corpo – que pode se concentrar em região genital – precisa ficar atento. O ideal é que procure atendimento médico e mantenha isolamento até que se tenha o diagnóstico”, recomendou a infectologista.

    O Ministério da Saúde passou a usar o termo “surto” ao divulgar informações relativas aos casos de varíola dos macacos no Brasil. O surto é o primeiro estágio de uma escala de evolução do contágio, que pode se transformar em epidemia, endemia e pandemia.

    Vacinas

    Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (29), o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou que a primeira remessa de vacinas contra varíola dos macacos adquiridas pelo Brasil deve ser entregue em setembro. A segunda parcela deve chegar ao país em novembro.

    “Ainda não temos uma política clara e ostensiva, como não tivemos anteriormente, com relação a própria vacina, que já deveria ter sido negociada anteriormente e não esperar setembro e novembro. Que bom que a vacina vai vir, mas, de novo, ela vem atrasada”, disse Luana Araujo.

    O Ministério da Saúde encomendou à Opas 50 mil doses de vacina.

    “Quando a gente fala em 50 mil doses de vacinas, assumo que seja a vacina de duas doses, temos 25 mil pessoas [a serem vacinadas] em um país de pelo menos 2 milhões de imunossuprimidos”, comentou a médica.

    “Como faz isso, além de, obviamente, focar nesse retrato epidemiológico em uma população que vem sendo mais afetada, que é a população de homens que fazem sexo com homens. Mas há casos em crianças e mulheres, é preciso que haja uma programação anterior”, disse Luana Araujo.

    Tópicos