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    Infectologista: 2ª dose da vacina de Oxford pode ser aplicada com tempo maior

    Raquel Muarrek, do Instituto Emílio Ribas, diz que logística tem de ser avaliada para saber como será aplicado o lote com dois milhões de doses

    Da CNN, em São Paulo

    Em entrevista para a CNN neste sábado (23), a infectologista do Instituto Emílio Ribas Raquel Muarrek avaliou o começo da campanha de imunização no Brasil e comentou a possibilidade de que o lote de dois milhões de doses do imunizante de Oxford que foi importado da Índia seja aplicado, inicialmente, em apenas uma dose para atender um número maior de pessoas do grupo prioritário.

    Segundo Muarrek, a vacina de Oxford pode ter um tempo maior de espera até a segunda dose, e se o governo conseguir uma logística que garanta a chegada de um novo lote do imunizante nos próximos meses, a vacinação de dois milhões de pessoas poderá ocorrer neste momento com o lote importado da Índia.

    Ela explicou ainda as diferenças de tempo entre os imunizantes de Oxford, de vetor viral, e da Coronavac, de vírus inativo. A vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac, em parceria com o Butantan, não pode esperar um longo espaço de tempo entre a primeira e segunda dose, segundo Muarrek..

    “Não dá para você somar uma vacina com a outra. A Coronavac precisa realmente ser feita em duas doses para ter um número maior de formação de anticorpos dentro da pessoa para que ela possa ter uma defesa contra a transmissibilidade do vírus no ambiente. A de Oxford, como é um vetor viral, já mostrou que você pode fazer uma dose com um aumento da resposta, e refazer a segunda dose, agindo como um reforço, até podendo, isso tem que ser discutido ainda, em até seis meses. Então, a logística tem que ser avaliada para que aumente o número de pessoas vacinadas entre aquelas que têm maior presença na aerossolização desse vírus, em funcionários que trabalham na UTI (por exemplo) e são pessoas que precisam ter a maior formação de defesa para que evite a nova formação de mutações ou adaptações desse vírus”, afirma.

    Veja a segunda parte da entrevista à CNN

     Publicado por: André Rigue

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