“Há mais perguntas do que respostas sobre a Ômicron”, diz virologista da UFRJ
Virologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rômulo Neris, também entende que a variante está em processo de reconhecimento
Na semana passada, a Pfizer anunciou que três doses do seu imunizante consegue neutralizar a variante Ômicron do novo coronavírus. Com isso, dúvidas quanto à eficácia de outras vacinas acabam surgindo.
O virologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rômulo Neris, falou sobre o tema em entrevista à CNN na tarde deste domingo (12). Segundo ele, as perspectivas quanto às vacinas existentes no Brasil são boas.
No entanto, ele ressalta que, com a relação à Ômicron, “há mais perguntas do que respostas, pois temos cada vez mais variantes, mais transmissoras, como essa agora”, diz Neris.
O virologista também entende que a nova variante ainda está em processo de reconhecimento e que ainda é “preciso entender se será exigido algum esforço de processo vacinal diferente do que já temos atualmente”, afirmou.
Rômulo também explica ser razoável pensar que, quanto mais diferenças entre as variantes, há a possibilidade para que nosso organismo seja enganado. Por isso, ele também reforça que o momento agora é de cautela quanto à realização de eventos no Brasil.
“É difícil fazer previsões sobre esses eventos serem seguros. Nós observamos durante a pandemia um aumento expressivo de casos da Covid-19 justamente em festividades de fim de ano, carnaval, mesmo em restrições. Nas atuais circunstâncias, a melhor medida é evitar”, completou.
Ao menos quatro capitais brasileiras definiram que não será realizada a festa de Carnaval em 2022 devido à pandemia de Covid-19. Quanto ao Réveillon, pelo menos 64% das cidades do país cancelaram as festas públicas de comemoração para evitar aglomeração.