Gripe, BCG, hepatite, HPV: descubra onde são produzidas as principais vacinas
Teste seus conhecimentos em um quiz sobre os imunizantes aplicados no Brasil
O início da campanha de imunização contra a Covid-19 no Brasil despertou, em muitas pessoas, a curiosidade sobre a procedência de cada imunizante. Alguns especialistas classificaram o comportamento seletivo como “sommelier das vacinas”.
Entretanto, muito antes de precisar ser imunizado contra o novo coronavírus, o brasileiro já recebia doses de vacinas, desde os primeiros dias de vida. BCG, hepatites e febre amarela são alguns exemplos de imunizantes que todos já receberam, e provavelmente nunca questionaram a procedência.
Para alguns especialistas, o movimento tem um lado bom: nunca o brasileiro interessou-se tanto em saber sobre vacinas. E ter uma população interessada em ciência é uma grande vantagem, conforme explica o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, que atribui a busca pelo conhecimento sobre vacinas a esse novo momento.
“Faz parte da aproximação com a ciência, hoje a população está discutindo o que é igG, imunidade de rebanho, dados de eficácia e segurança, é um momento de transição”. Kfouri destaca, porém, que escolher qual vacina tomar ou deixar de se imunizar é um “equívoco”.
“Ainda mais em um momento de pandemia; qualquer opção! Deixar de se vacinar é um equívoco, quem tem o privilégio de ser vacinado não deve fazer preferência, todas as vacinas têm proteção contra formas graves da doença”, explica.
De onde vêm as vacinas aplicadas no Brasil?
O Brasil é referência em produção e distribuição de diversas vacinas; mas, classificar exatamente qual a procedência de cada imunizante utilizado no país ainda é complexo. O diretor da SBIm explica que muitos imunizantes vêm do Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), uma iniciativa para garantir que as populações dos países das Américas tenham acesso rápido a vacinas e insumos.
A entrega de insumos vem, em grande maioria, de países asiáticos como China, Índia e Coreia. Com isso, adotar qualquer tipo de comportamento discriminatório com o imunizante vindo de um país asiático torna-se incoerente, uma vez que, provavelmente a tecnologia de um destes países já foi utilizada para a saúde do brasileiro.
“Quando não é a vacina, é o frasco, a seringa, algum componente, o papel, a caixinha, um conservante”, explica Renato Kfouri, ao referir-se aos imunizantes vindos da China, por exemplo.
Apesar de comprar vacinas do Fundo Rotatório, alguns laboratórios brasileiros estão em processo de transferência de tecnologia, que segundo o especialista, pode demorar até cinco anos para ser concluído. Uma vez finalizado o processo, o laboratório local pode produzir uma vacina 100% nacional, sem depender de insumos ou tecnologia estrangeira.
“São oito tipos de vacinas fornecidas ao Ministério da Saúde, cuja capacidade produtiva atual é resultante do desenvolvimento interno de processos para a obtenção de antígenos vacinais, além de processos de transferência de tecnologia e de PDPs (Parcerias de Desenvolvimento Produtivo) entre o Butantan e laboratórios externos”, explica o Instituto Butantan em seu site.
Além do Butantan, outros laboratórios brasileiros também produzem vacinas importantes ou estão em processo de transferência de tecnologia. Quer saber de onde são essas vacinas? Faça o quiz acima e descubra!
(O quiz se refere às vacinas aplicadas no Brasil)