Governo zera imposto do baricitinibe, medicamento contra a Covid-19
Medida publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (27) tem como objetivo facilitar o combate à pandemia no país
O governo federal concedeu, nesta quarta-feira (27), redução temporária, para zero por cento, da alíquota do imposto de importação para do baricitinibe, o primeiro medicamento para o tratamento da Covid-19 incorporado no Sistema Único de Saúde (SUS).
A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU), tem como objetivo facilitar o combate à pandemia no país.
O remédio baricitinibe será disponibilizado para tratamento de pacientes adultos hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal. O fármaco já conta com registro no Brasil para o tratamento de quadros moderados a graves de artrite reumatoide e dermatite atópica.
Como funciona o medicamento
O processo inflamatório é considerado uma das causas do agravamento da Covid-19. Embora a inflamação seja um mecanismo natural do organismo, quando exacerbada, ela pode levar ao agravamento da doença.
O medicamento baricitinibe conta com a capacidade de regular o processo de inflamação do organismo. Isso acontece a partir de um mecanismo de inibição de enzimas chamadas Janus quinase que, entre várias funções biológicas, também atuam na ativação da inflamação nas células do sistema imunológico.
Indicação para pacientes em estado grave
Em janeiro, o baricitinibe foi adicionado à lista de medicamentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento da Covid-19. De acordo com a OMS, o fármaco pode ser utilizado em pacientes com quadros graves ou críticos em associação com outros recursos, como os corticoides.
A partir do controle da inflamação, é possível reverter o agravamento da doença e reduzir a necessidade de ventilação artificial. Segundo a OMS, a utilização do medicamento não levou ao aumento nos efeitos adversos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação do baricitinibe no Brasil para o tratamento de pacientes internados com Covid-19 no dia 17 de setembro de 2021.
De acordo com a Anvisa, o uso é indicado para pacientes adultos hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal, ou que necessitam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva.