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    Governo espera doses para regularizar aplicação da Coronavac, diz Queiroga

    Ministro da Saúde afirma que nova remessa do imunizante deve ser entregue na próxima semana para estados que tiveram problemas na aplicação da 2ª dose

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (28) que o governo federal espera receber na próxima semana mais doses da Coronavac para regularizar a distribuição e a aplicação da vacina contra Covid-19 em alguns estados do país.

    “Uma informação acerca da segunda dose da vacina da Coronavac: em alguns estados em decorrência da dificuldade com [Ingrediente Farmacêutico Ativo] IFA vindo da China, o Instituto Butantan não fez as entregas – não por responsabilidade do Instituto Butantan, que é uma grande instituição, mas em função dos trâmites da chegada desse IFA no Brasil”, disse Queiroga, em entrevista após reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia.

    “Alguns pacientes fizeram a primeira dose e, quando chegou o tempo da segunda dose, ela não estava disponível. O Ministério da Saúde editou uma nota técnica baseada no próprio PNI elaborado no ano passado [dizendo] que não há problema os pacientes, assim que chegar a vacina Coronavac, fazerem essa segunda dose”, completou.

    Na segunda-feira (26), ao falar na Comissão da Covid-19 no Senado, o ministro afirmou que alguns estados enfrentam dificuldade na aplicação da segunda dose da Coronavac – causada pela liberação de uso de todas as doses para a primeira fase de aplicação do imunizante do Butantan. Na ocasião, Queiroga afirmou que a pasta emitiria uma norma técnica sobre o tema.

    Queiroga disse ainda que o ministério reforça a necessidade de medidas não farmacológicas, como o uso de máscara e o distanciamento entre as pessoas.

    “Em breve, lançaremos um programa de testagem da nossa população usando testes com antígenos, que são mais rápidos, e assim conseguiremos identificar os casos positivos e seus contactantes para que posamos adotar uma política melhor de quarentena para esses indivíduos afetados pela Covid-19 e, assim, reduzir a transmissão dessa doença”, prometeu.

    Convocação pela CPI

    Questionado ao fim do pronunciamento sobre uma possível convocação pela CPI da Pandemia, Queiroga afirmou que, se for chamado, prestará os devidos esclarecimentos aos senadores.

    “Eu já falei para vocês que minha preocupação imediata é com a CTI [Centro de Terapia Intensiva, alas em que ficam os pacientes em estado grave]. A CPI é uma atribuição do Parlamento. Se eles me convocam, eu vou lá e vou discutir abertamente o que tenho feito no Ministério da Saúde e vocês todos estão vendo”, disse o ministro.

    “Vamos contribuir com a sociedade brasileira, prestar as informações que os senhores senadores desejarem e acredito que estamos todos juntos no objetivo do enfrentamento à pandemia.”

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
    Foto: Reprodução/CNN Brasil (28.abr.2021)

    34,4 milhões de doses em maio

    O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que a expectativa do governo federal é receber 34,4 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus no mês de maio.

    “A notícia interessante é que houve uma antecipação de 2 milhões de doses do consórcio Covax Facility previstas de junho para maio”, explicou.

    “Para maio, já tínhamos a previsão de 2 milhões de doses [da Covax], mas com esse trabalho conjunto do Ministério com a [Organização Pan-Americana da Saúde] Opas houve a antecipação de 2 milhões de doses, perfazendo um total da Covax de 4 milhões e um total mensal de 34,4 milhões de doses.”

    Cruz também confirmou a chegada nesta quinta-feira (29) 1 milhão de doses da vacina da Pfizer, a primeira remessa das 100 milhões de doses contratadas pelo governo.

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