Governo do RJ fará avaliação da carga de Covid-19 na água e no esgoto
Empresas serão obrigadas a monitorar a carga viral nas unidades de tratamento de água, mananciais, represas e lençóis freáticos


O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), sancionou um projeto de lei que adota o plano emergencial para combate do novo coronavírus pelas concessionárias de água e esgoto do estado. A medida foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (14).
As empresas ficam obrigadas a monitorar a carga viral nas unidades de tratamento de água, mananciais, represas e lençóis freáticos.
Além disso, o projeto determina a adoção de procedimentos especiais para o tratamento da água e a retomada dos investimentos no setor, com prioridade para favelas e periferias.
Os dados coletados deverão ser informados aos órgãos estaduais de controle ambiental e à Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro.
Leia também:
Novo coronavírus já estava em esgoto de Florianópolis em novembro de 2019
Contaminação por Covid-19 é maior em áreas sem saneamento básico, aponta estudo
O que o esgoto revela sobre a Covid-19?
O consumidor vai receber mensalmente as informações, através da conta de fornecimento.
Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, apenas 46% do esgoto é tratado no Brasil.
Além disso, 35 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada, e quase 100 milhões não acessam o serviço de coleta de esgoto.
A revista Lancet já publicou alguns estudos que afirmam que a presença do novo coronavírus no esgoto pode levar à transmissão fecal-oral, assim como verificado nos casos de outros vírus.
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) faz rodízio de abastecimento desde o dia 15 de novembro.
Destaques do CNN Brasil Business:
O IPVA está chegando: saiba como calcular quanto vai pagar de imposto
Enel inicia obra de usinas eólicas e solares no Brasil e prevê investir R$5,6 bi
Ibovespa vira para queda após zerar perdas no ano; dólar sobe
Um defeito comprometeu em 25% a capacidade de distribuição e afetou vários municípios do Rio de Janeiro.
Um projeto, que será votado na próxima sexta-feira (18), prevê que a concessão passe para a iniciativa privada por 35 anos.