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    Governo do Rio avalia reduzir intervalo entre as doses da vacina contra Covid-19

    Medida seria uma estratégia para impedir a disseminação da variante Delta no estado

    Isabelle Resende, da CNN, no Rio de Janeiro

    A secretaria estadual de saúde do Rio avalia reduzir o intervalo para aplicação da segunda dose das vacinas contra a Covid-19 na população do estado. A diminuição do intervalo entre as doses é vista como uma estratégia para tentar impedir a disseminação da variante Delta no estado.  

    A adoção da medida está sendo discutida com o Ministério da Saúde, mas de acordo com o secretário Alexandre Chieppe, a implementação depende da garantia de entrega regular de doses das vacinas, por parte do ministério. 

    Os dois novos casos confirmados da variante Delta, originária da Índia, foram identificados nos municípios de Seropédica e São João de Meriti, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

    Os municípios confirmaram à CNN que os dois pacientes não têm histórico de viagens ao exterior e não tiveram contato com viajantes. O que reforça a possibilidade de a variante originária da Índia já estar em circulação no Rio. Nesta terça-feira (6), o secretário de saúde admitiu a possibilidade de circulação comunitária do vírus no estado.

    Por causa do risco de disseminação da variante, o governo de São Paulo também avalia reduzir o intervalo entre doses das vacinas aplicadas com três meses de diferença. No Brasil, os imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer seguem esse tempo de intervalo. Já a Coronavac é aplicada com 28 dias entre uma dose e outra.

    As duas pessoas do Rio que foram confirmadas com a variante Delta são uma mulher de 22 anos, de São João de Meriti, que ainda cumpre isolamento residencial, e um homem de 30 anos, de Seropédica, já curado e que não transmite mais a Covid-19. Outras oito pessoas que tiveram contato com eles estão sendo monitoras.

    Com os novos casos, o Rio chega a três registros da linhagem no estado. O primeiro ocorreu em maio, um homem de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Ele esteve na Índia, de onde a nova cepa é originária.

    Hoje, o Rio de Janeiro é o estado com o maior número de linhagens diferentes da Covid-19 no Brasil. São 33 cepas distintas, frente a 32 detectadas no estado de São Paulo e 26 em Minas Gerais, 2º e 3º colocados, respectivamente.

    Os dados são da Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ainda não consta no levantamento a nova linhagem detectada recentemente no Rio, a P.5, nem a P.1.2 – também inicialmente localizada no Rio. No total, considerando estas duas últimas mencionadas, o país tem mais de 100 linhagens do novo coronavírus em circulação.