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    Governo de SP anuncia produção da Butanvac; entenda como a vacina funciona

    Imunizante começa a ser fabricado nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Butantan, mas ainda precisa da aprovação da Anvisa para passar por testes clínicos

    O governo do estado de São Paulo anunciou a criação da Butanvac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida integralmente pelo Instituto Butantan
    O governo do estado de São Paulo anunciou a criação da Butanvac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida integralmente pelo Instituto Butantan Foto: LECO VIANA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

    da CNN, em São Paulo

    O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (28) o início da produção da vacina Butanvac – primeiro imunizante fabricado integralmente no Brasil pelo Instituto Butantan. Trata-se de uma iniciativa do Instituto Butantan em parceria com as empresas Dynavax e Path.

    Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, explicou que a Butanvac será desenvolvida na plataforma utilizada para a produção da vacina da gripe, que é uma das mais usadas no mundo, e será fabricada utilizando o mesmo método para se obter o imunizante contra o vírus da gripe

    A Butanvac usa um vírus que causa infecção em aves, a doença de Newscastle, como vetor – que não provoca sintomas em seres humanos. O microrganismo é inativado e contém a proteína que o coronavírus usa para entrar nas células – é isso que gera a resposta imune.

    Segundo o químico Luiz Carlos Dias, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Butantan já usou o material genético da nova variante do SARS-CoV-2, a P.1, no imunizante.

    O Butantan será o principal produtor da Butanvac, com 85% da capacidade total, e a disponibilizará para o Brasil e os países de baixa e média renda. Parte da tecnologia que será usada foi desenvolvida pela Icahn School of Medicine do Hospital Mount Sinai, de Nova York. 

    Segundo Covas, a Butanvac será uma vacina de baixo custo e que poderá ser rapidamente disseminada para todas as plantas de produção que existem no mundo.

    “O imunizante é uma grande esperança, mas ainda exige o desenvolvimento clínico. A capacidade de produção nós temos. Ele será feito numa fábrica separada, independente da que produz a CoronaVac”, afirma.

    A Anvisa informou na terça-feira (27) que os documentos enviados para concessão da autorização de testes clínicos em humanos estavam incompletos.