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    Governo anuncia expansão do prontuário eletrônico para hospitais públicos de todo Brasil

    Atualmente, só 41 hospitais universitários contam com a ferramenta. Projeto pretende ampliar o serviço para 3 mil unidades de saúde

    Anchiy/Getty Images

    Beatrice MesianoGabriel Garciada CNN

    em Brasília

    O ministro da Educação, Camilo Santana, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinaram, nesta quinta-feira (13), acordo para expandir a utilização de um aplicativo de gestão hospitalar atualmente utilizado em 41 hospitais universitários. O programa permite que médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde possam ter acesso rápido ao prontuário dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

    O projeto pretende expandir o uso da ferramenta para aproximadamente 3 mil hospitais de diferentes unidades da federação.

    O aplicativo registra as consultas, internações, procedimentos, exames e medicações aplicadas aos pacientes. E os dados podem ser acessados em qualquer unidade de saúde que conte com a ferramenta.

    O projeto é iniciativa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao MEC. Atualmente, é utilizado para auxiliar o atendimento de 25 milhões de pacientes e é considerada o maior sistema hospitalar público do Brasil, acessado, em média, 3 milhões de vezes ao mês. Ao todo, são 83 mil usuários cadastrados.

    Com o acordo assinado hoje, o governo pretende que a ferramenta passe a ser utilizada também por unidades de saúde federais, estaduais e municipais. A intenção do Ministério da Saúde e do MEC, explicaram os ministros, é permitir uma melhor continuidade dos tratamentos e evitar a repetição de procedimentos desnecessários.

    Além disso, alegam os ministros, com a entrada das informações dos hospitais, o banco de dados referente à saúde dos brasileiros será fortalecido e permitirá que mais informações sejam disponibilizadas aos cidadãos por meio do ConecteSUS.

    A ministra Nísia Trindade afirmou que esta iniciativa faz parte da agenda do governo de reconstrução do Brasil e que é uma tecnologia voltada a reduzir a desigualdade.

    “A síntese é educação e saúde para reconstruir o Brasil. Transformação digital tornou-se um termo de uso recorrente nos dias de hoje, mas é importante, no caso da saúde, pensar essa transição digital a partir dos grandes valores do SUS para garantir um acesso de qualidade à população”, disse a ministra.

    A expectativa do governo é que a expansão comece a partir de outubro. Segundo o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, os ministérios irão oferecer assessoria técnica aos Estados, disponibilizando todo o suporte para a implantação, manutenção e desenvolvimento do aplicativo.

    Outro ponto levantado por Chioro é a previsão de uma economia financeira, ao longo do tempo, de recursos que poderão ser posteriormente direcionados a outras áreas.

    “Hoje os hospitais públicos, sejam municipais ou estaduais, gastam um volume de recursos considerável para fazer a implantação de um sistema de prontuário eletrônico e depois a manutenção anual. A adesão estimada, por volta de 3 mil hospitais, vai gerar uma possibilidade, se ela se concretizar, de economia de recursos para os municípios da ordem de mais de R$ 3 bilhões”, declarou Chioro.

    O ministro da Educação, Camilo Santana, ressaltou que essa integralização era uma demanda antiga dos secretários estaduais e municipais de saúde que se concretiza com a assinatura do acordo. “Temos aproximado cada vez mais a saúde da educação, nessa ação de hoje, no Mais Médicos, no Revalida, na criação de novas faculdades de medicina. É importante a saúde e a educação estarem sempre integradas”, afirmou Santana.

    *Estagiários sob supervisão de Leandro Bisa, da CNN