Governadores do Consórcio do Nordeste se reúnem para planejar uso da Sputnik
Em carta, os governadores do Piauí e Maranhão comemoram autorização parcial da Anvisa para importação do imunizante russo
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou nesta sexta-feira (4) a importação das vacinas Sputnik V e Covaxin, mas com restrições. Os dois imunizantes já haviam tido as solicitações negadas pela agência reguladora brasileira.
Após a liberação do imunizante russo, seis governadores do Norte e Nordeste se reuniram para definir os próximos passos. Estes estados compraram, juntos, mais de 37 milhões de doses da Sputnik V, mas por determinação da Anvisa, só poderão utilizá-las em 1% da população de cada localidade. Com isso, os governadores criaram um planejamento de distribuição.
Em carta assinada pelo presidente do Consórcio do Nordeste, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e pelo presidente do Consórcio da Amazônia Legal, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCB), os representantes se mostraram entusiasmados com a decisão da Anvisa, e esperançosos que vão conseguir vacinar a sua população com a vacina russa.
O comunicado diz, ainda, que eles estão em conversa com o laboratório que desenvolve o imunizante, o Instituto Gamaleia, para conseguirem cumprir todas as condições que a Anvisa impôs. A data que a primeira remessa irá chegar no Brasil ainda não foi divulgada.
Os lotes que chegarem, antes de serem distribuídos, vão precisar passar pela análise e aval do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Só poderá ser feita a importação de doses produzidas em fábricas já inspecionadas pela Anvisa. Além disso, a assinatura do termo de compromisso do laboratório será feita com os estados — Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí –, e não com o governo federal.
Em decorrência da autorização parcial da Anvisa, o Fundo Russo de Investimento Direto divulgou uma nota comemorando e dizendo que a decisão, “em diversos estados brasileiros, abrirá o acesso a um dos melhores medicamentos contra o coronavírus do mundo.”