Glitter no Carnaval: saiba como usar e os cuidados necessários
O uso do do glitter é praticamente uma regra durante a folia; no entanto, especialistas fazem alertas
Na listinha de itens indispensáveis para o Carnaval, o glitter tem seu espaço garantido. Seja no rosto ou no corpo, o uso do brilho é quase que uma regra universal para os foliões que desejam um visual divertido, colorido, alegre e cheio de estilo.
Mas será que o uso faz mal para a pele?
À CNN, o dermatologista Lucas Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que o glitter, especialmente aquele não projetado para o uso cosmético (como o encontrado em papelarias), não é pensado na segurança dermatológica e, assim, pode conter partículas mais ásperas e materiais que podem irritar a pele ou causar reações alérgicas.
“É sempre aconselhável usar o glitter cosmético, que projeta a segurança da pele”, conta.
Segundo o especialista, ainda é necessário redobrar a atenção quanto ao uso em dias com altas temperaturas. “As partículas de glitter podem refletir e intensificar os raios solares sobre a pele, potencializando o dano causado pela exposição solar, além de favorecer o aparecimento de manchas, já que os pontos sem glitter vão apresentar diferença de exposição solar em relação às regiões em que o glitter foi aplicado”, conta.
Confira como usar e os cuidados para se encher de glitter no Carnaval:
O que fazer em casos de irritação?
Caso a pele apresente irritação após o uso do glitter é recomendável a remoção imediata usando água morna e um sabonete suave.
“Evite esfregar a área irritada para não agravar a situação, aplique compressas frias para reduzir a inflamação e vermelhidão e evite exposição solar na área afetada. Em casos mais severos, reações alérgicas ou se a condição não melhorar, é importante procurar um dermatologista para avaliação e tratamento adequado”, explica.
Cuidados para aplicar e remover o glitter
De acordo com o biomédico Thiago Martins, na hora da finalizar a maquiagem com glitter, especialmente na região dos olhos e do rosto, é essencial verificar se o produto é hipoalérgico e testá-lo em uma pequena área da pele antes da aplicação ampla. “Isso vai prevenir as futuras reações”, garante.
E não pense que os alertas terminam por aí! Na hora da remoção, é preciso manter o cuidado para evitar irritações.
“Uma dica é usar um óleo de limpeza ou óleo de bebê para amolecer o glitter, facilitando a sua retirada. Após a aplicação do óleo, pode-se usar um algodão ou pano macio para remover suavemente as partículas, seguido de uma limpeza facial com um produto adequado ao seu tipo de pele”, explica.
Sabonetes, tónicos, séruns, cremes hidratantes e protetor solar – se o dia ainda estiver claro – são bem-vindos.
Como grudar o glitter no corpo e no rosto?
Além do cuidado na hora de aplicação, é necessário saber também como fazer grudar o glitter. Após passar o protetor solar por todo o rosto, você pode aplicar o glitter nos pontos estratégicos – mesma coisa no corpo. Assim, você garante a proteção e o brilho durante o dia que vai passar no bloquinho.
Hidratante também é outra opção para fazer o glitter grudar. Especialistas não recomendam o uso de óleos como o de coco – pois o mesmo pode causar queimaduras na pele se for exposto ao sol.
Glitter comum não é brilhante para o meio ambiente
Outro ponto de atenção quanto ao uso do glitter é entender que ele, de fato, não é nada agradável ou colorido para o meio ambiente, uma vez que é feito de microplásticos prejudicais.
“Eles demoram várias centenas de anos em sua decomposição. E, por ser algo muito pequeno, nem reciclado consegue ser. Essas pequenas partículas de plástico não são biodegradáveis e podem acabar nos rios, oceanos e na cadeia alimentar – afetando a vida marinha e, eventualmente, a saúde humana”, alerta Thiago.
E o glitter ecológico?
Conforme explica o biomédico, a diferença entre eles está na decomposição. “Enquanto o comum é feito de plástico, o ecológico é feito de materiais biodegradáveis que se decompõem naturalmente no ambiente, como celulose, amido e amica. Ele é uma alternativa mais sustentável”, finaliza.
Portanto, essa é uma boa opção para não prejudicar os animais marinhos e curtir a folia com responsabilidade ambiental.