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    Futuramente haverá necessidade de dose de reforço para crianças, diz médico

    Caso o cenário epidemiológico seja parecido com o atual, a população pediátrica precisará de revacinação, analisa Marco Aurélio Sáfadi

    Douglas PortoLudmila Candalda CNN , em São Paulo

    O infectologista Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), explicou nesta terça-feira (4) em entrevista à CNN, que futuramente poderá ser necessário o reforço vacinal contra a Covid-19 para crianças, dependendo do cenário da pandemia no momento.

    “Passados alguns meses, geralmente seis meses depois, há uma perda importante da proteção. Com as vacinas da Covid-19, pelo menos com essas vacinas de primeira geração, esse fenômeno está muito bem estabelecido. Se manifesta primeiro para a proteção nas formas da Covid-19 e até para infecção. Mas não afeta em um primeiro a proteção para as formas grave da doença, o que é muito importante para a imunidade celular”

    “É de se esperar que haja a necessidade de revacinações. O que não é claro ainda é com que frequência que essas revacinações serão necessárias. Em relação às crianças, a gente imagina que, uma vez que haja um contexto epidemiológico futuro similar a esse do momento, com variantes circulando, hospitalizações ocorrendo, haverá a necessidade de revacinação, inclusive da população pediátrica.”

    Consulta pública do Ministério da Saúde

    Em quase 100 mil contribuições na consulta pública do Ministério da Saúde para discussão da vacinação em crianças entre 5 e 11 anos, a maioria dos votos foi contra a prescrição médica para a imunização da faixa etária, defendida inicialmente pela pasta.

    Entretanto, houve manifestações de pessoas contrárias a vacina para crianças. Um dos argumentos do grupo seria a existência de eventos adversos graves.

    Sáfadi que participou da consulta, explica que “foi uma oportunidade única de ensinamento e de informação adequada para alguns indivíduos que não são da área da pediatria e da infectologia e que não estivessem absolutamente informados em relação às características da Covid-19 em grupos pediátricos, em relação da performance dessas vacinas nos estudos que precederam a autorização de uso e do mundo real”.

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