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    Formato de ampulheta: atriz mantém cintura fina de 30 cm com técnica de espartilho

    "Pessoas acham que meu visual é extremo", conta a artista diagnosticada com uma condição rara chamada síndrome de hipermobilidade

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    A atriz Ruth Lujan, de 24 anos, conta com uma cintura que chega aos 30 centímetros, quando está usando espartilho. Sem a peça, as medidas naturais chegam a 40 cm.

    “Eu faço um laço muito apertado. Isso porque meu corpo pode fazer isso. As pessoas acham que meu visual é extremo. ‘Você não é real’, ‘Você é um robô'”, conta a artista em vídeo publicado no Youtube. “Quem não quer uma cintura bem fina como a de uma sereia? É isso que eu gosto.”

    Ela conta que pratica a “a arte do espartilho” para manter uma figura de “ampulheta perfeita”. “Eu mantenho minha cintura fina fazendo exercícios como conversão, kickboxing e sou nadadora, faço performance de sereia”, relata.

    Cinco anos atrás, durante uma aula de balé, a professora de Ruth percebeu que algo estava errado com seus movimentos e a aconselhou a procurar um médico. Posteriormente, ela foi diagnosticada com uma condição rara chamada síndrome de hipermobilidade, conhecida no passado como “frouxidão ligamentar”, que afeta seus músculos e ligamentos (leia mais abaixo).

    “Aquele momento realmente me chocou, me deixou tão triste. Seus músculos ficam fracos, seus ligamentos também e, claro, sua coluna”, afirmou a atriz.

    Ruth foi aconselhada por seu médico a usar um espartilho como forma de proteger seus músculos e ligamentos. O que, por sua vez, a levou a amar a prática de usar espartilhos cada vez mais apertados, mas ela queria manter sua condição escondida.

    “Eu nunca queria contar a ninguém porque provavelmente as pessoas iriam pensar ‘coitada da Ruth’ ou ‘ela está doente’ e eu não estou doente”, disse.

    Síndrome da hipermobilidade

    A síndrome da hipermobilidade articular é um conjunto de sinais frequentes associados a movimentos mais amplos das articulações.

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os sintomas podem ser semelhantes aos de doenças genéticas. Pacientes podem ser assintomáticos ou se queixar principalmente de dores articulares. Outros sintomas menos frequentes são cansaço, dores abdominais e de cabeça, além de irritação no intestino.

    O diagnóstico é clínico, a partir da história do paciente e exame físico. Segundo a SBP, não existem testes laboratoriais ou exames de imagens para determinar a condição.

    O tratamento é individualizado, considerando os sintomas mais pronunciados em cada paciente, incluindo recomendações de cuidados para evitar danos musculares, articulares e ósseos mais graves.

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