Festas trazem cenário de alto risco para a pandemia, diz integrante do Conass
Natal, Réveillon e Carnaval, além do ciclo de férias, devem propiciar o aumento de infecções, sobretudo pela variante Ômicron, declara Nésio Fernandes
O vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, chefe da pasta da Saúde do Espírito Santo, declarou nesta segunda-feira (3), em entrevista à CNN, que devido à transmissão comunitária da variante Ômicron do coronavírus, as festas de Natal, Réveillon e Carnaval, além do ciclo de férias, podem representar um alto risco para o combate à Covid-19 no Brasil.
“Este ciclo de festas entre Natal, Ano Novo, janeiro, com todo verão, que repercute com turismo, inclusive o Carnaval, vai propiciar interações sociais que sem dúvida alguma poderão construir um cenário de alto risco para o manejo da pandemia no país. Considerando que temos um terço da população não vacinada ou com uma única dose”, explicou Nésio Fernandes.
“No entanto, não dá para ter uma perspectiva de criminalizar somente o Carnaval, mas praticamente a inserção da variante Ômicron vai fazer com que os gestores, o Ministério da Saúde, todos aqueles responsáveis por conduzir o país na pandemia repensem as estratégias. Entre elas, a possibilidade de avaliar a suspensão do Carnaval, não só no Rio de Janeiro, mas em diversos estados do Brasil”, continuou.
Fernandes alegou que até o dia 15 de janeiro os pareceres sobre a realização da festa devem acontecer. O governo do Rio de Janeiro, estuda barrar os blocos de rua e autorizar apenas os desfiles no Sambódromo da Marquês de Sapucaí com protocolos, segundo apuração da âncora da CNN Daniela Lima
A cidade de São Paulo, por sua vez, irá ter uma definição até o dia 10 de janeiro. Segundo informou à CNN o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, esse é o prazo para os gestores receberem o posicionamento da vigilância sanitária sobre a festa.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), declarou em entrevista à CNN em 23 de dezembro que “seria irresponsável realizar o evento”. Segundo o chefe do Executivo baiano, haverá uma reunião com os prefeitos do estado para debater quais medidas podem ser tomadas para que o evento ocorra de forma reduzida.