Fernando Gomes: Síndrome rara pós-Covid em criança requer tratamento intensivo
No quadro Correspondente Médico, neurocirurgião explicou a síndrome que afeta mais de 100 crianças por semana no Reino Unido
Na edição desta segunda-feira (8) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), responsável pela internação média de mais de 100 crianças semanalmente no Reino Unido, segundo dados publicados no jornal britânico The Guardian.
O médico afirmou que a síndrome, considerada rara, está associada à infecção pelo novo corovarírus em crianças, mas não incide na maioria dos casos infantis. “A criança tem o coronavírus, mas a maioria acaba sendo um caso leve. Os casos que evoluem para complicação não acontecem de imediato como no adulto”, explicou Gomes.
“As crianças que aparecem com essa síndrome tiveram coronavírus, aparentemente ficaram bem, e, depois de um tempo prolongado, abre um quadro multissistêmico (em diversos órgãos) de uma resposta inflamatória, que leva à queda da pressão arterial, febre e manchas na pele. É uma situação bastante grave que requer tratamento intensivo, com hospitalização e cuidados maiores”, completou o especialista.
“Esse número maior de contaminação no Reino Unido tem duas explicações, A primeira é que aumentou o número de casos, e, portanto, coisas que são raras aparecem mais. E a segunda é: será que existe algum impacto da mutação no vírus na criança? Os pais e responsáveis devem ficar em alerta. Não precisa ficar preso numa bolha, mas sinais diferentes que venham a surgir, tem de levar a criança para o tratamento hospitalar”.
(Publicado por: André Rigue)