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    Febre oropouche: o que é, quais os sintomas e como é o tratamento

    Doença é transmitida por mosquito e apresenta sintomas semelhantes à dengue

    Gabriela Maraccinida CNN

    O Brasil enfrenta um surto de febre oropouche, com mais de 7.200 casos confirmados neste ano (até o momento), incluindo três mortes – as primeiras no mundo. A doença é causada por um arbovírus — ou seja, um vírus transmitido por um mosquito — e tem sintomas semelhantes à dengue. Confira quais são eles e como é feito o tratamento dessa enfermidade.

    Além do Brasil, já houve casos isolados e surtos relatados em outros países da América Central e do Sul, como Argentina, Bolívia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela.

    Em fevereiro deste ano, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) emitiu alerta epidemiológico para o aumento de oropouche para o continente americano.

    Segundo a entidade, a maioria dos surtos ocorreu em todas as faixas etárias e gêneros, mas crianças e jovens foram os mais atingidos.

    O Orthobunyavirus oropoucheense (Orov), causador da infecção, foi isolado pela primeira vez em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília, segundo o Ministério da Saúde. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região amazônica.

    Sintomas de febre oropouche

    Os sintomas da febre oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya e, por isso, as doenças podem ser confundidas. É o caso de:

    • Dor de cabeça;
    • Dor nas articulações;
    • Dor muscular;
    • Náusea e vômitos;
    • Diarreia.

    Como é feito o diagnóstico?

    Para diferenciar a febre oropouche de outras arboviroses, como dengue e chikungunya, é preciso fazer o diagnóstico, que é clínico, epidemiológico e laboratorial.

    Ou seja, são avaliados os sintomas, se houve contato com pessoas infectadas ou regiões que estão com surto, além da realização de exames laboratoriais para excluir a possibilidade de outras arboviroses.

    O Ministério da Saúde reforça que a febre oropouche compõe a lista de doenças de notificação compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata. Isso porque a febre apresenta um potencial epidêmico e alta capacidade de mutação do vírus, podendo se tornar uma ameaça à saúde pública.

    Tratamento

    Não existe um tratamento específico para a febre oropouche. Por isso, os cuidados envolvem o repouso, a hidratação e o uso de medicamentos para aliviar os sintomas. O Ministério da Saúde também recomenda que os pacientes sejam acompanhados por médicos.

    Prevenção da febre

    As medidas de prevenção da febre oropouche são semelhantes às da dengue, por ambas serem transmitidas por mosquitos:

    • Se possível, evitar áreas onde há muitos mosquitos;
    • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo;
    • Usar repelentes de mosquitos nas áreas expostas da pele;
    • Remover possíveis criadouros de mosquitos, como água parada em pneus, calhas e vasos de plantas, além de manter piscinas e caixa d’águas limpas e tampadas.

    O Ministério da Saúde afirma que — se houver casos confirmados na sua região — é preciso seguir as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão.

    Em caso de sintomas suspeitos para a febre, a instituição recomenda a busca de ajuda médica imediata.

    Surto no Brasil

    Apenas em 2024, foram contabilizados mais de 7.200 casos da doença em 21 estados brasileiros. A maior parte deles ocorreu no Amazonas e em Rondônia.

    Também foram registrados três óbitos no país, os primeiros do mundo pela febre oropouche.

    As vítimas eram mulheres sem comorbidades (outras doenças preexistentes que podem agravar o quadro), com menos de 30 anos, e que residiam no interior da Bahia.

    Casos de febre oropouche no Brasil aumentam mais de 769% em 2024

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