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    Febre, mancha e indisposição: saiba identificar a síndrome pós-Covid em crianças

    Cardiologista Ludhmila Hajjar detalhou principais sintomas da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica

    Da CNN

    A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica é alvo de estudos por médicos em todo o mundo por causa das complicações em crianças e adolescentes recuperados do novo coronavírus. Apesar de rara, a cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar explicou à CNN que é necessário ficar atento ao possível surgimento dos sintomas nas crianças.

    “As crianças, de uma maneira geral, têm um quadro mais brando [de Covid-19] na imensa maioria dos casos, mas tem uma porcentagem delas que, na fase aguda, pode ter uma síndrome gripal e, dias depois, pode ter febre alta, manchas ou bolhas na pele, e manchas nas mucosas. Quando investigamos, encontramos essa síndrome inflamatória sistêmica”, detalhou a especialista.

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    Ludhmila Hajjar falou sobre como a Covid-19 pode impactar as crianças
    A cardiologista Ludhmila Hajjar falou sobre como a Covid-19 pode impactar as crianças (15.ago.2020)
    Foto: CNN Brasil

    Ludhmila esclareceu que a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica é uma inflamação generalizada nos vasos sanguíneos, e pode gerar complicações neurológicas, cardiovasculares e no sistema intestinal. “Felizmente não é frequente, mas nós devemos estar atentos a esse diagnóstico”, alertou.

    Veja os principais sintomas destacados pela médica (para crianças que tiveram casos leves ou assintomáticos de Covid-19):

    – Febre alta

    – Manchas na pele e mucosas

    – Mudanças nos hábitos rotineiros

    – Queda do estado de saúde de forma geral

    “[Se observar esses sintomas], procure assistência médica porque essa doença é grave, pode causar morte. Temos que internar [o paciente], cuidar e, muitas vezes, entrar com medicações fortes [para sua recuperação]”, completou Ludhmila.

    Quando a pandemia vai acabar?

    Com os estudos de diversas vacinas em andamento, Ludhmila Hajjar falou que ainda é prematuro falar em um “final da pandemia”, principalmente no Brasil. “Não temos dados suficientes no Brasil para afirmar com uma grande probabilidade [quando a pandemia cessará], porque a performance e como o coronavírus se comportou aqui não tem semelhança com nenhum outro país”, disse.

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    Segundo a especialista, a curva epidemiológica da pandemia no país contrasta com os demais. “Nos Estados Unidos, vemos que em abril tem um pico e depois o número de morte vai caindo. No Brasil, depois de junho só aumentou o número de óbitos”, concluiu.

    (Edição: André Rigue)

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