Febre maculosa: Jundiaí investiga 7 casos suspeitos; dois de origem em Campinas
Secretaria da Saúde do estado de São Paulo confirmou 17 casos e 8 óbitos pela infecção
A Vigilância Epidemiológica de Jundiaí, cidade do interior do Estado de São Paulo, informou nesta quinta-feira (15), que o município investiga sete casos suspeitos de febre maculosa. Duas pessoas deste grupo estiveram em festas realizadas na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, provável local de origem do surto que já matou quatro pessoas pela doença no Estado nos últimos dias. Não há casos confirmados e nem pacientes internados, informou a prefeitura por meio de nota.
A administração não especifica em qual evento de Campinas as duas pessoas com suspeita da doença estiveram, se a Feijoada do Rosa, realizada em 27 de maio, ou no show do cantor Seu Jorge, em 3 de junho. Nos outros cinco casos investigados, as pessoas relataram que frequentaram recentemente áreas verdes de Jundiaí ou de outros municípios. Não há informações sobre o estado de saúde dos pacientes.
“O exame para a confirmação desses casos compreende duas amostras de sangue, com intervalo de 14 dias entre elas. Assim que emitido o resultado, havendo a confirmação de casos, a prefeitura manterá o princípio da transparência na divulgação das informações”, informou a administração em comunicado.
Uma das quatro vítimas da febre maculosa, o piloto de automobilismo Douglas Costas, de 42 anos, morava em Jundiaí. Ele e a namorada, a dentista Mariana Giordano, morreram no último 8 de junho, 12 dias depois de frequentaram a festa Feijoada do Rosa, na Fazenda Margarida, no distrito de Joaquim Egídio (zona leste de Campinas).
Uma mulher de 28 anos, de Hortolândia, e uma adolescente de Campinas, de 16 anos, que estiveram no mesmo evento, também morreram pela doença. No momento, há outros dois casos em investigação de duas mulheres que frequentaram a mesma casa nos dias 27 de maio e 3 de junho.
A febre maculosa é uma doença causada por uma bactéria presente em alguns tipos de carrapatos (entre eles o carrapato-estrela), que podem ser encontradas em animais como capivaras, cavalos e bois. Os principais sintomas da doença são febre, dores de cabeça e manchas avermelhadas pelo corpo, que podem se manifestar em formas de erupções semelhantes às picadas de pulga.
De acordo com os dados da Secretaria da Saúde de São Paulo, o Estado registrou, até o momento, 17 casos de febre maculosa e oito óbitos, em 2023 – quatro óbitos relacionados ao evento de Campinas. Em 2022, foram registrados 63 casos, com 44 óbitos confirmados; e, em 2021, foram 87 casos e 48 mortes confirmadas pela doença.