Febre maculosa: Infectologista pede atenção das pessoas com o carrapato-estrela
À CNN Rádio, o infectologista Julio Croda alertou que o diagnóstico da doença é “muito difícil”
O diagnóstico para a febre maculosa é “muito difícil” e, por esse motivo, as pessoas “têm de ficar atentas à exposição ao carrapato-estrela.”
O alerta foi feito pelo infectologista Julio Croda, em entrevista à CNN Rádio.
Três mortes por febre maculosa foram confirmadas no estado de São Paulo pelo Instituto Adolfo Lutz.
A doença é transmitida pela picada do carrapato e causada por bactéria do gênero Rickettsia.
“Há regiões que são mais propensas à ocorrência de casos, como Campinas, em São Paulo”, lembrou.
Dessa forma, Croda afirma que é essencial que as pessoas informem na unidade de saúde que estiveram em área aberta, foram picados e relatem qual o sintoma.
“Assim, o médico poderá iniciar o tratamento”, que é feito com antibióticos.
O infectologista recomenda que as pessoas que precisem ir a áreas com presença do carrapato usem calças e repelentes, além de fazer uma inspeção na pele para a existência de carrapatos.
A evolução dos sintomas é rápida e a letalidade é elevada, “entre 10 e 20% daqueles que adquirem a doença e não são tratados.”
Comparativamente, a Covid-19, no início da pandemia e antes da vacinação, tinha letalidade entre 3 e 5%.
Croda defende que é necessária uma vigilância ativa e ambiental para “verificar a expansão do carrapato e, assim, orientar a população desses locais”.
*Com produção de Isabel Campos