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    Faustão conseguiu rapidamente novo coração? Especialista explica fila de transplante

    Internado desde 5 de agosto por insuficiência cardíaca, apresentador recebeu o órgão e passou pela cirurgia neste sábado (27)

    Carol RaciunasJuliana Eliasda CNN , em São Paulo

    A rapidez com que o apresentador Fausto Silva, o Faustão, recebeu um coração após ter entrado na fila de espera de transplantes mostra que “os critérios de alocação de órgãos no Brasil funcionaram”, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgaos (ABTO), o nefrologista Gustavo Fernandes Ferreira.

    Isto porque, explica ele, no caso do coração, a gravidade do paciente na espera é um dos principais critérios para decisão no direcionamento do órgão.

    Faustão foi internado em 5 de agosto por insuficiência cardíaca e recebeu pouco depois a indicação para um transplante, quando foi, também, inserido na fila única de transplantes de órgãos no país, gerida pelo Ministério da Saúde.

    Faustão recebeu seu novo coração neste domingo (27) e já passou pela cirurgia, que durou pouco mais de 2h30 no início desta tarde, de acordo com o boletim médico.

     

    Ele seguiu, então, para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde deve ficar em observação para acompanhamento da aceitação de seu corpo ao novo órgão.

    “Há critérios específicos de alocação de órgãos por gravidade”, disse o presidente da ABTO em entrevista à CNN.

    “Demonstra que o sistema brasileira funciona, quando uma pessoa que está efetivamente necessitando, no caso do coração, que tem critérios de priorização no transplante, tenha conseguido chegar a transplantar.”

    Ferreira explica que os critérios de encaminhamento à fila nacional de transplantes variam de acordo com os órgãos.

    Para alguns, como o coração, fígado e pulmão, a gravidade no estado do paciente é um critério de priorização.

    Em outros, caso dos rins ou pâncreas, pesa principalmente a compatibilidade entre o doador e o receptor.

    “Hoje todo o sistema de transplante é regulado pelo Ministério da Saúde, com uma lista única, em que cada órgão tem os seus próprios critérios de alocação”, disse o médico. A entrevista completa pode ser vista no vídeo acima.

    Fila nacional e unificada

    No Brasil, todos os transplantes de órgãos respeitam o Sistema Nacional de Transplantes, sejam eles custeados pelo SUS, por planos de saúde ou pagos pelo paciente.

    Porém, cada estado ou região organiza a sua própria lista e todas são monitoradas pelo sistema e outros órgãos de controle federais.

    A fiscalização é feita para que nenhuma pessoa conste em duas listas diferentes e que nenhuma norma legal seja desrespeitada.

    A fila funciona por ordem cronológica de inscrição, mas é balizada também por outros fatores, como a gravidade, a compatibilidade sanguínea e genética entre doador e receptor.

    Medicamentos e diálise

    Faustão foi classificado como paciente grave e prioritário pela equipe médica responsável por seu acompanhamento no Hospital Albert Einstein, onde está internado em São Paulo.

    Ele estava sob cuidados intensivos, fazendo uso de medicamentos para auxílio na força de bombeamento do coração.

    Também estava precisando de diálise, processo artificial que remove os resíduos e excesso de líquidos do corpo, necessário quando os rins, responsáveis por essa função, não estão funcionando adequadamente.

    O Hospital Albert Einstein informou, em boletim médico, que foi acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo na madrugada deste domingo, “quando foi iniciada a avaliação sobre a compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B”.

    O hospital informou, mais tarde, que o procedimento foi realizado com sucesso e que o paciente segue agora para a observação.

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