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    Falta de insumo da Coronavac é consequência de gestão da pandemia, diz ex-Anvisa

    À CNN, Dirceu Barbano apontou causas para a falta de matéria-prima para a produção da Coronavac pelo Instituto Butantan

    Produzido por Vinícius Tadeu*, , da CNN, em São Paulo

    Ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o farmacêutico Dirceu Barbano acredita em duas causas para a falta de matéria-prima para a produção da Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Na quarta-feira (7), a analista da CNN Raquel Landim divulgou que a produção da vacina está temporariamente paralisada pela falta do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), ingrediente disponibilizado pela China. 

    Em entrevista à CNN, Barbano citou a má gestão da pandemia pelo governo federal e a dependência de outros países como os motivos para a suspensão da produção da Coronavac. “Primeiro, foi a maneira errática que tratamos esse assunto ao longo do segundo semestre do ano passado, quando nós deveríamos, enquanto país, ter buscado entender qual seria a dinâmica desse mercado e, assim, ter buscado firmar parcerias que pudessem diversificar a fonte de fornecimento das vacinas e dos insumos.”

    “De outro lado, como a pandemia ainda encontra um ambiente muito instável e por vezes recrudesce em alguns lugares, nós vamos ficar sujeitos ao que acontecer nos países de onde virão as vacinas, no caso, a China. Na verdade, não tratamos nem na diplomacia de forma apropriada, nem aceleramos os processos de transferência de tecnologia para que dependêssemos menos de etapas feitas na China para a vacina ser finalizada no Brasil”, afirmou o especialista.

    Coronavac

    Apesar da paralisação na produção, o Butantan ainda vai seguir com a entrega de Coronavac na próxima semana, porque tem 2,5 milhões de doses já prontas aguardando o prazo do controle de qualidade.

    Frasco com Coronavac, vacina contra Covid-19, em São Paulo
    Frasco com Coronavac, vacina contra Covid-19, em São Paulo
    Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo (2.mar.2021)

    Mesmo com o atraso na chegada de insumos, antes prevista para 9 de abril e, agora, para o dia 15, o instituto também informou que cumprirá os prazos estabelecidos nos contratos com o Ministério da Saúde, que prevê a entrega de 46 milhões de doses até o fim de abril.

    (*supervisionado por Jorge Fernando Rodrigues)

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