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    Experimento no Japão faz homens sentirem dores da cólica menstrual

    Empresa que promoveu simulação diz que quer criar um ambiente onde sua força de trabalho masculina possa ser mais solidária com as colegas mulheres

    Homens trabalhadores de uma empresa no Japão participaram de uma simulação para sentirem dores de cólica menstrual
    Homens trabalhadores de uma empresa no Japão participaram de uma simulação para sentirem dores de cólica menstrual Pawel Kacperek/Reuters

    Akiko OkamotoIrene Wangda Reuters

    Homens que trabalham no escritório de uma empresa de telecomunicações em Tóquio experimentaram dor de cólica menstrual simulada para ajudá-los a se tornarem mais compreensivos com as colegas mulheres antes do Dia Internacional da Mulher na sexta-feira (8).

    Os trabalhadores do Grupo EXEO 1951.T se contorceram em um evento da empresa na quinta-feira (7) enquanto um dispositivo enviava sinais elétricos através de almofadas colocadas abaixo do umbigo para estimular o músculo do estômago inferior e induzir uma sensação de cólica.

    “Eu não conseguia me mexer. Doeu a ponto de eu não conseguir ficar em pé”, disse Masaya Shibasaki, de 26 anos, após usar o dispositivo desenvolvido em conjunto por pesquisadores da Universidade de Mulheres de Nara e a startup Osaka Heat Cool.

    “Agora eu entendo que as mulheres têm que trabalhar enquanto lutam contra essa dor todos os meses. É realmente incrível como as mulheres conseguem fazer isso. Eu realmente as respeito”, disse Shibasaki.

    A empresa EXEO disse que quer criar um ambiente onde sua força de trabalho, com mais de 90% de homens, possa ser mais solidária com as colegas mulheres, inclusive quando se trata de tirar licença menstrual.

    Empresas no Japão são legalmente obrigadas a permitir que as mulheres tirem licença menstrual. No entanto, não há exigência de que o tempo de folga seja remunerado e pesquisas mostraram que cerca de metade das trabalhadoras nunca tiram.

    “Esperamos que aqueles que experimentaram (a dor menstrual) hoje voltem ao seu local de trabalho e falem sobre como se sentiram e disseminem seu entendimento”, disse a oficial de relações públicas da EXEO, Maki Ogura.