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    Excesso de reuniões on-line, e-mails e chats pode desencadear Burnout, diz estudo

    Excesso da jornada de trabalho pode levar a prejuízos para a saúde mental; saiba identificar os sinais de esgotamento

    Pesquisa realizada pela Fhinck Business Solutions mapeou a jornada média de trabalho de mais de 8 mil brasileiros
    Pesquisa realizada pela Fhinck Business Solutions mapeou a jornada média de trabalho de mais de 8 mil brasileiros Getty Images/Westend61

    Nathalia BarbosaDanúbia Bragada CNN

    em São Paulo

    O excesso da jornada de trabalho do brasileiro, principalmente durante o home office, podem levar ao adoecimento dos profissionais, segundo estudos.

    Entre as principais causas para o aparecimento da síndrome de Burnout estão a atividade digital, 85% dos casos, ou seja, o tempo em que a pessoa passa em frente às telas trabalhando, sem pausas e descanso da mente; reuniões computadas durante o tempo de jornada semanal (20%), e a comunicação escrita, com envio de e-mails e chats corporativos (20%).

    Com relação à jornada de trabalho, houve um acréscimo de 6,7% no tempo médio durante a pandemia em relação ao período pré-pandemia. Agora, a jornada ainda se mantém 3,9% maior do que a média registrada em 2019. Em relação ao tempo médio que o colaborador passa concentrado e interagindo com a máquina aumentou 27,1% no período de pandemia e 21,2% pós-pandemia.

    Quando analisado o quesito reuniões de trabalho, há um aumento volumoso de 95,5%, devido ao fato das reuniões serem realizadas de forma on-line e se mostrarem muito mais intensas. No atual momento, onde há uma retomada das reuniões presenciais, a porcentagem de encontros virtuais caiu para 78,4%.

    A pesquisa, realizada pela Fhinck Business Solutions, mapeou a jornada média de trabalho de mais de 8 mil brasileiros entre junho de 2020 a maio de 2022.

    O objetivo do estudo foi entender, por meio da geração de dados, os fatores de risco que podem levar ao estresse mental nos colaboradores e oferecer informações aos gestores para promover melhorias nas relações e no ambiente de trabalho.

    Sinais de esgotamento mental

    A sensação de exaustão ou falta de energia pode atingir pessoas de qualquer idade. O fenômeno é mais comum entre adultos, especialmente no contexto do ambiente de trabalho.

    O neurocirurgião Fernando Gomes, professor do Hospital das Clínicas de São Paulo, explica como identificar sinais de esgotamento mental que podem indicar a necessidade de ajuda especializada.

    Segundo Gomes, a lista inclui sintomas como dores de cabeça e pelo corpo, falta de concentração, distúrbios do sono e irritabilidade excessiva.

    Pessoas que sentem dores generalizadas pelo corpo, sem causa aparente, também podem ser vítimas do esgotamento. O cansaço extremo também reflete em falta de concentração, relacionada a alterações no desempenho cognitivo, além de trazer impactos para o sono, seja na insônia durante à noite ou no excesso de sono durante o dia.

    Saúde corporativa em foco

    A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Brasil) e a Aliança para a Saúde Populacional (ASAP) realizam o Congresso Nacional de Recursos Humanos, com foco em Saúde, no dia 23 de agosto, na Câmara Americana do Comércio (Amcham), em São Paulo.

    O encontro, que acontece pela primeira vez presencialmente, tem como objetivo trazer as melhores estratégias, práticas e casos de sucesso que contribuam para a melhoria dos resultados da saúde corporativa do Brasil.

    “Realizar o Conarh Saúde, em parceria com a ASAP, significa o amadurecimento do setor corporativo como o grande financiador da saúde suplementar, que pode contribuir de forma expressiva na readequação do modelo atual, centrado na doença, para um modelo com ênfase na prevenção e promoção da saúde e qualidade de vida”, afirma Paulo Sardinha, presidente da ABRH-Brasil.

    “Acredito que o encontro entre representantes empresariais e gestores de saúde populacional no Brasil é muito importante para o desenvolvimento de um cenário melhor em termos de ações para a saúde. Precisamos sair do nosso universo individual para criarmos, juntos, soluções para o nosso sistema de saúde que, consequentemente, possam servir de referência tanto no país como fora dele”, conta o presidente da Aliança para Saúde Populacional (Asap), Claudio Tafla. ​

    (Com informações de Lucas Rocha, da CNN)