Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Excesso de pele no ânus pode ser confundido com hemorroida; entenda diferença

    O plicoma anal pode surgir em qualquer pessoa, mas aquelas que sofrem com hemorroidas e constipação têm maior propensão a desenvolvê-lo

    Simone Machadocolaboração para a CNN

    Apesar de não ser um assunto muito falado entre as pessoas, a região do ânus pode ser afetada por diversas condições, sendo uma delas o plicoma anal.

    Caracterizado pelo excesso de pele no ânus, muitas vezes as pessoas confundem o problema com hemorroidas, mas são situações bem distintas. Por isso é importante entender suas diferenças para evitar diagnósticos incorretos e tratamentos inadequados.

    Diferença entre plicoma e hemorroida

    O plicoma anal é uma pequena dobra de pele que se forma ao redor do ânus, geralmente devido a processos inflamatórios ou cicatrizes de lesões na região, como crises de hemorroidas que, ao se resolverem, deixam esse resquício na pele.

    Ele pode ter tamanhos variados, de 3 milímetros até 3 centímetros, e na maioria dos casos não causa dor, sendo mais uma questão estética ou incômodo local.

    Já as hemorroidas são veias inflamadas e dilatadas que causam dor, inchaço e, às vezes, sangramentos. Elas podem ser internas ou externas e estão associadas à pressão aumentada nas veias anais, geralmente devido a constipação ou esforço excessivo ao evacuar.

    “O plicoma não tem veias, mas somente excesso e hipertrofia da pele. Entretanto ele pode aparecer sobre uma hemorroida. De modo que as duas patologias podem coexistir no mesmo paciente”, explica Ricardo Minas, chefe da coloproctologia da Hapvida Notredame Intermédica.

    Existem pessoas mais propensas ao problema?

    O plicoma pode surgir em qualquer pessoa, mas Aquelas que sofrem de crises recorrentes de hemorroidas, constipação ou que fazem muito esforço ao evacuar têm maior propensão a desenvolvê-lo.

    Mulheres que passaram por partos normais também podem apresentar a condição devido ao estresse que a região anal sofre durante o parto.

    Como tratar

    Na maioria dos casos, o plicoma não precisa de tratamento. Mas, se houver desconforto ou questões estéticas, a remoção pode ser feita por cirurgia simples, geralmente em consultório, com anestesia local. É um procedimento seguro e com rápida recuperação.

    “O plicoma pode causar irritação e inflamação da região anal com secreção e prurido em decorrência da dificuldade de higiene da região. É muito importante que o paciente procure o coloproctologista para o diagnóstico correto, uma vez que o plicoma tem como diagnóstico diferencial outras patologias da região que podem ser mais graves e de tratamento diverso, tais como tumores, HPV, doença inflamatória intestinal e mesmo hemorroidas”, acrescenta Minas.

    A prevenção de plicomas está ligada à manutenção de uma boa saúde intestinal, com cuidados na alimentação e hidratação do corpo. “A prevenção inclui hábitos de higiene adequados, evitar constipação com uma dieta rica em fibras e evitar esforço excessivo durante a evacuação”, acrescenta Rodrigo Barbosa, coloproctologia do corpo clínico dos hospitais Sírio Libanês e Nove de Julho.

    Tópicos