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    Exame de anticorpo dá falsa segurança contra a Covid-19, afirma médico

    Em entrevista à CNN, Paulo Lotufo enfatizou: "A única coisa que posso dizer para a pessoa que foi fazer o teste IgG é que ela jogou dinheiro fora"

    Vinícius Tadeuda CNN* , Em São Paulo

    O epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) Paulo Lotufo afirma que fazer testes de anticorpos para avaliar se está imune ao coronavírus é uma ação “desnecessária”.

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (14), Lotufo disse que a vacinação é a melhor forma para garantir a imunidade.

    Na quarta (13), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que decidiu não tomar mais a vacina contra a Covid-19. “No tocante à vacina, eu decidi não tomar mais a vacina. Eu estou vendo novos estudos, eu tô com a minha imunização lá em cima, IgG tá 990, pra quê vou tomar a vacina?”, questionou o presidente à Jovem Pan.

    Lotufo explicou: “A única coisa que posso dizer para a pessoa que foi fazer o teste IgG é que ela jogou dinheiro fora. Esta é uma ação desnecessária e vai dar a ela uma falsa segurança. Existem exames que [dão] falsos positivos. Isso a gente sabe desde sempre para todas as doenças.”

    “O vírus não está lá para dar imunidade, e sim para se replicar no nosso corpo. A imunidade é secundária, agora a vacina [serve] para que a nossa resposta seja máxima. Não há como comparar a infecção natural com a vacina.”

    100 milhões de imunizados

    O Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de pessoas com imunização completa contra a Covid-19, incluindo vacinados com duas doses da Pfizer, da AstraZeneca ou da Coronavac e com a dose única da vacina da Janssen.

    O total de imunizados é de 100.357.628, segundo levantamento realizado pela CNN com base em informações das secretarias estaduais de Saúde de todo o país.

    À CNN, Lotufo disse que a despeito da campanha oficial contra a vacina, a população brasileira acordou cedo, ficou na fila dos postos e se vacinou.

    “Acho que somos um dos maiores exemplos em todo o planeta de uma resposta coletiva em relação à Covid-19. [O Brasil] é um país que tem uma adesão muito grande [à vacinação] e todos os movimentos contra a vacina sempre foram marginais.”

    (*supervisionado por Elis Franco)

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