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    Estudo sequencia DNA da tuberculose para buscar rapidez e eficácia do tratamento

    À CNN Rádio, a infectologista e pesquisadora da universidade de Oxford, Ana Luíza Gibertoni, explicou que há linhagens da doença que são resistentes à medicação

    A tuberculose ainda é considerada um problema de saúde pública.
    A tuberculose ainda é considerada um problema de saúde pública. Getty Images/Prapass Pulsub

    Amanda Garciada CNN

    Uma pesquisa liderada pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, com participação da Fiocruz e do Instituto Adolfo Lutz, sequenciou o genoma da tuberculose.

    Foram coletadas mais de 15 mil amostras da bactéria que causa a doença e o resultado mostrou que mais da metade das cepas é resistente a pelo menos uma das drogas disponíveis para tratamento.

    À CNN Rádio, a infectologista e pesquisadora de Oxford, Ana Luíza Gibertoni, disse que o estudo “trouxe resultados importantes”, que servem para “estratégia de controle de tuberculose no mundo.”

    Antes da pandemia de coronavírus, ela destaca, a doença sempre foi “o agente infeccioso número 1” que mais mata no mundo, com 1,5 milhão de vítimas todos os anos.

    “O diagnóstico é difícil e exige rede de laboratório complexa”, afirmou.

    De acordo com Ana Luísa, a pesquisa “buscava usar a tecnologia de sequenciamento genômico para identificar o catálogo de mutações e qual o efeito de cada droga contra elas.”

    “Isso aumenta a rapidez para a resposta de cada país, dos seus sistemas de saúde e os médicos têm informações precisas para a combinação do melhor medicamento”, completou.

    A pesquisadora avalia que, em teoria, todo diagnóstico positivo de tuberculose deveria ter o exame genômico para saber se ela é resistente ou não à medicação.

    A cada amostra, o DNA é sequenciado e, após horas, um relatório é liberado e encaminhado diretamente para os médicos.

    Há elementos, como explicou Ana Luísa, que favorecem o aparecimento da resistência às drogas.

    Entre eles, estão pessoas que não completam o tratamento – que é de, no mínimo, 6 meses – e pessoas infectadas por HIV que não têm a condição sob controle, e que são mais sensíveis.

    *Com produção de Isabel Campos