Estudo israelense mostra que dose de reforço da Pfizer protege contra Ômicron
Dose de reforço aumenta a proteção contra a variante recém-descoberta do coronavírus em cerca de cem vezes, segundo a pesquisa
Pesquisadores israelenses disseram, neste sábado (11), que a aplicação de três doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 oferece proteção significativa contra a nova variante Ômicron.
Os resultados foram semelhantes aos apresentados pela BioNTech no início da semana, que foi um sinal de que as doses de reforço podem ser a chave para a proteção contra a infecção da variante recém-identificada.
O estudo, realizado pelo Sheba Medical Center e pelo Laboratório Central de Virologia do Ministério da Saúde, comparou o sangue de 20 pessoas que receberam duas doses da vacina no período de 5 a 6 meses atrás com o mesmo número de indivíduos que receberam uma dose de reforço um mês antes.
“As pessoas que receberam a segunda dose 5 ou 6 meses atrás não têm nenhuma capacidade de neutralização contra o Ômicron. Embora tenham alguma contra a variante Delta”, disse Gili Regev-Yochay, diretora da Unidade de Doenças Infecciosas de Sheba.
“A boa notícia é que com a dose de reforço a proteção aumenta cerca de cem vezes. É menor do que a capacidade de neutralização contra o Delta, cerca de quatro vezes menor, mas uma proteção significativa”, disse ela.
A equipe israelense disse que trabalhou com o vírus real, enquanto empresas trabalharam com o que é conhecido como um pseudovírus, que foi bio-projetado para ter as mutações marcantes do Ômicron. A pesquisa israelense segue o que foi publicado em um estudo da África.