Estudo indica que “Covid longa” afeta 42% das pessoas que tiveram a doença
Mais de 200 sintomas foram relatados e atribuídos ao quadro, como fadiga, falta de ar, palpitações e perda de memória
Resultados preliminares de um estudo realizado na Escócia com cerca de 100 mil pessoas revelou que 42% dos pacientes que tiveram Covid-19 se sentem parcialmente recuperados até 18 meses depois da contaminação com o coronavírus. Isso também foi verificado por um levantamento da Fiocruz desenvolvido no Brasil.
Alguns dos mais de 200 sintomas relatados da chamada “Covid longa” são fadiga, falta de ar, palpitações, perda de memória e dificuldade de raciocínio. A doença pode afetar diferentes órgãos, com duração e gravidade variando caso a caso.
Para debater as causas e recomendações de tratamento, o CNN Nosso Mundo deste sábado (5) recebe Renato Kfouri, infectologista, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações.
“Talvez o sintoma mais comum da Covid longa seja a fadiga. O cansaço que se mantém, indisposição respiratória muitas vezes. Qualquer coisa deixa a pessoa muito cansada. Alguns estudos mostram, por exemplo, que a pessoa tem um comportamento em atividade física de uma pessoa 10 anos mais velha”, explicou o especialista.
Segundo ressaltou Kfouri, pessoas que se vacinaram antes de se infectar têm menor risco de apresentar sintomas persistentes da Covid.
“A grande dificuldade, hoje, é continuar motivando as pessoas a se vacinarem mesmo não convivendo mais com as doenças. No passado, quando todo mundo conhecia alguém que morreu de meningite, éramos mais preocupados”, ponderou.
Para saber mais sobre o tema, assista ao programa no canal 577 e pelo YouTube da CNN Brasil.
O CNN Nosso Mundo é exibido aos sábados, a partir das 23h45.
(publicado por Tiago Tortella, da CNN)